Saberes Tradicionais e Etnografia

Seminário Internacional debate sobre etnografia, em São Luís

Evento será realizado no período de 6 a 9 de abril.

Imirante.com, com informações da UEMA

Atualizada em 27/03/2022 às 11h34
Seminário Internacional Centro de Ciências e saberes: trabalho etnográfico e cartografia social e na Exposição: Saberes Tradicionais e Etnografia.
Seminário Internacional Centro de Ciências e saberes: trabalho etnográfico e cartografia social e na Exposição: Saberes Tradicionais e Etnografia. (Divulgação)

SÃO LUÍS - A Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) reunirá, no período de 6 a 9 de abril, no auditório do Curso de Arquitetura e Urbanismo, Rua da Estrela, e na Casa do Maranhão, Rua do Trapiche, pesquisadores de diferentes Estados e países e quilombolas, pescadores, quebradeiras de coco e indígenas para discutir temas relacionados a etnografia e os saberes de povos e comunidades tradicionais no Seminário Internacional Centro de Ciências e saberes: trabalho etnográfico e cartografia social e na Exposição: Saberes Tradicionais e Etnografia.

O evento contará com a participação da diretora do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), Heloisa Bertol Domingues, e de agentes sociais que, na oportunidade, apresentarão suas experiências sobre a construção de Centros de Saberes em suas comunidades. O Seminário e a exposição, de acordo com os organizadores, são atividades do Projeto Centro de Ciências e Saberes: experiência de criação de Museus Vivos na afirmação de saberes e fazeres representativos dos povos e comunidades tradicionais.

Integrada à programação do Seminário, será realizada, também, a exposição Saberes Tradicionais e Etnografia, aberta ao público durante todo o evento, de 9h às 20h, na Casa do Maranhão. Nesse local, além da apresentação de peças escolhidas pelos próprios agentes para representar seus saberes e fazeres, ocorrerá a exibição de vídeos, apresentações culturais, venda de livros e produtos tradicionais.

Paralelo a essas atividades, será realizado, também, na Casa do Maranhão, o lançamento dos seguintes livros: na quarta-feira (6), às 19h, livros da coleção Narrativas Quilombolas e Luta e resistência quilombolas; na quinta-feira (7), livro Regime tutelar e faccionalismo: política e religião em uma reserva Ticuna, de João Pacheco de Oliveira; e na sexta-feira (8), os livros das aulas inaugurais do Programa de Pós-Graduação em Cartografia Social e Política da Amazônia (PPGCSPA), pela professora Heloísa Maria Bertol Domingues, Otávio Guilherme Velho e José Sérgio Leite Lopes.

Sobre o Seminário

Ao longo dos três dias, serão realizadas mesas de discussão sobre os seguintes temas: Conhecimentos Tradicionais e Normas Legais na Pan-Amazônia; Saberes, literatura dos viajantes na Amazônia e Museus; Os Museus e as representações dos povos e comunidades tradicionais; e As experiências do Projeto ‘Centros de Ciências Saberes.

Além da participação dos pesquisadores do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia e dos agentes sociais, os debates contarão com a presença de pesquisadores convidados de diferentes universidades e instituições de pesquisa nacionais e internacionais. Dentre os convidados internacionais, estão em destaque: Alfredo Vitery (Equador); Eleazar Jose Yriza (Venezuela); Horácio Usquiano, Ministério das Relações Exteriores (Bolívia); Mario Garreta Chindoy (Colômbia); Mille Gabriel, curadora do Museu Nacional (Dinamarca); e Richard Kipruto, representante do povo Endorois (Quênia).

O homenageado do Seminário será o doutor de ossos de Canelatiua, Domingos Ribeiro, porta-voz dos interesses de uma territorialidade específica, conhecida como Terra da Pobreza, localizada no território étnico de Alcântara.

Sobre a exposição

A Exposição Saberes Tradicionais e Etnografia agrupa Centros de Ciências e Saberes, que constituem uma rede de associações de base comunitária de pesquisadores e de instituições científicas, que visa fortalecer o patrimônio cultural de povos e comunidades tradicionais na Amazônia, através de uma relação dinâmica entre conhecimentos científicos e saberes tradicionais.

O Projeto Centro de Ciências e Saberes: experiências de criação de Museus Vivos na afirmação de saberes e fazeres representativos dos povos e comunidades tradicionais está apoiado em trabalhos de pesquisa etnográfica com povos e comunidades tradicionais, de etnicidade definida, e viabiliza condições efetivas para a consolidação de um novo domínio de investigação acadêmica, abrangendo a produção e a divulgação dos saberes tradicionais.

Como atividades culturais, o evento terá Tambor de Crioula, Bambaê de Caixa de Penalva e Cajari e as Encantadeiras. Os homenageados da exposição serão Manuel da Conceição, liderança camponesa de Imperatriz, que estará presente ao evento e a antropóloga Lygia Sigault (in memorian).

Veja a programação clicando aqui.

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