Estado Maior

Carnaval: as decisões visam o futuro, não o presente!

Decisões de prefeitos de cancelar o Carnaval não alcançam as festas de pré-carnaval que ocorrem, principalmente, em São Luís.

Imirante

Atualizada em 26/03/2022 às 18h41
Prefeito Eduardo Braide decidiu cancelar o Carnaval, mas não estabeleceu regras para o pré-carnaval
Prefeito Eduardo Braide decidiu cancelar o Carnaval, mas não estabeleceu regras para o pré-carnaval (Foto: Reprodução/TV Mirante)

SÃO LUÍS - As decisões sobre a não realização do Carnaval em 2022 já estão sendo anunciadas pelos prefeitos do Maranhão. As duas maiores cidades do estado (São Luís e Imperatriz) não terão a festa de Momo devido ao aumento no número de casos positivos da Covid-19. No caso de Imperatriz, as enchentes por lá também motivaram a decisão do prefeito Assis Ramos (DEM).

A decisão é prudente, acertada, mas não é suficiente. Explica-se: o Carnaval é uma festa que tem cerca de cinco dias de duração. Diferente disto, principalmente na capital, o pré-carnaval dura todos os fins de semanas antes do período de Momo mesmo. Ou seja, é muito maior.

Logo, antes da decisão para a festa futura (o Carnaval em 2022 acontece no fim de fevereiro e vai até 1º de março), os gestores municipais deveriam centrar no pré-carnaval.

E isto não tem ocorrido. No primeiro fim de semana deste ano, por exemplo, o Centro de São Luís foi palco de bandas, blocos e muita aglomeração das ruas com pessoas sem máscaras.

Um ambiente propício para a proliferação da Covid-19 e também agora da Influenza (H1N1 e H3N2).

Sobre proibir ou, pelo menos, balizar a realização do pré-carnaval, o governo do Maranhão prefere deixar para os prefeitos, que deixam a medida nada popular para o governador Flávio Dino (PSB). Enquanto isso, vai aumentando a cada dia o número de contaminados dando sinais de que pode se repetir um cenário visto no mesmo período no ano passado.

É com os prefeitos

O secretário de Cidades do Estado, Márcio Jerry, em entrevista no programa O que interessa da Mirante FM, deixou claro que o pré-carnaval é uma atribuição dos prefeitos.

E a justificativa é de que o governo estadual não tem qualquer festa neste período ou contribua com qualquer das festas nas ruas.

Já sobre o Carnaval, Jerry diz que está sendo avaliada a suspensão e que Flávio Dino logo vai definir sobre realizar ou não a festa de Momo.

Suspensão

Ao que parece, o prefeito de São Luís Eduardo Braide (Podemos) quer suspender a Feirinha São Luís.

O evento, que acontece todo domingo no Centro Histórico de São Luís, reuniu centenas de pessoas no último fim de semana com banda de Carnaval. A previsão é de suspensão até o fim de janeiro.

Assim como a decisão de não realizar o Carnaval, suspender a Feirinha é baseada no aumento no número de casos positivos de Covid. Segundo Braide, de dezembro a janeiro os casos positivos saíram de 1,4% para 10%.

Contaminados

A classe política está anunciado contaminação por Covid-19. Primeiro foi o governador Flávio Dino.

Em seguida disse ter testado positivo para o novo coronavírus o senador Weverton Rocha (PDT), que estava em Imperatriz visitando áreas alagadas e quando fez o teste.

O secretário de Estado de Direitos Humanos, Chico Gonçalves, também anunciou a contaminação. No caso dele, o teste foi feito por “precaução” por ele ter tido contato com Flávio Dino.

Testagem

Na verdade, tanto Weverton quanto Chico Gonçalves faziam testes periódicos. O senador por ser membro da mesa diretora do Senado, que tem um acordo de testar a cada 10 dias.

Chico por trabalhar junto a comunidades como quilombolas e indígenas nas atividades da Secretaria de Direitos Humanos.

Sobre fazer testes, se submeteram a exames dos secretários Márcio Jerry (Cidades), Felipe Camarão (Educação) e Carlos Lula (Saúde). Todos eles testaram negativo para Covid-19.

Movimentações I

As movimentações pela disputa da presidência da Câmara Municipal de São Luís começaram a esquentar novamente.

Os vereadores têm intensificado as conversas sobre a sucessão na Casa. A disputa, que acontece em abril, tem, pelo menos três postulantes.

Um dos que mais se movimenta é o vereador Paulo Victor (PCdoB). Ele tem o apoio do Palácio dos Leões e garante que já tem certo o voto de 15 colegas.

Movimentações II

Também se movimenta o pedetista Raimundo Penha. Ele age mais nos bastidores e tem a real possibilidade de ter o apoio da Prefeitura de São Luís.

Como uma via alternativa vem o vereador Aldir Júnior (PL). Ele conta com a influência do tio, deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL), para conseguir articular os votos necessários.

No ano passado, o vereador Chico Carvalho (PSL) havia anunciado o interesse de disputar a presidência da Câmara também.

E mais:

- O vereador Gutemberg Araújo (PSC) ainda não desistiu de tentar ser o próximo presidente da Câmara Municipal de São Luís.

- Ele, que é vice-presidente da Casa, tenta convencer o prefeito Eduardo Braide de ser o nome da Prefeitura na disputa.

- No entanto, o PDT tem cobrado o acordo de apoio no segundo turno em 2020 que previa manter o comando do legislativo municipal com o partido.

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