greve de ônibus

Bastidores: diretor do SET diz que subsídio do Município vai até dezembro

Benedito Mamede Pires concedeu entrevista ao jornalista Clóvis Cabalau, no Bom Dia Mirante, para falar sobre acordo que encerrou greve de rodoviários na capital

Ronaldo Rocha do núcleo de Política

Atualizada em 26/03/2022 às 19h14
Benedito Mamede Pires concede entrevista a Clóvis Cabalau
Benedito Mamede Pires concede entrevista a Clóvis Cabalau (Paulo Soares)

SÃO LUÍS - O empresário Benedito Mamede Pires, diretor do Sindicato das Empresas de Transportes (SET) de São Luís, explicou na manhã desta terça-feira em entrevista ao jornalista Clóvis Cabalau, do quadro Bastidores no Bom Dia Mirante, que o subsídio assegurado pelo prefeito Eduardo Braide (Podemos) no modelo proposto para encerrar a greve de rodoviários na capital, se estenderá até o mês de dezembro.

Depois disso, segundo o empreendedor, caberá ao prefeito formalizar uma proposta ao Orçamento do Município para a Câmara de Vereadores, referente ao exercício financeiro de 2022, para que seja possível readequar o montante que será destinado ao sistema de transporte público, e assim evitar nova paralisação de motoristas, cobradores e fiscais de ônibus da capital.

Ele explicou que a proposta apresentada pela Prefeitura de São Luís à categoria consiste no repasse de um subsídio mensal de cerca de R$ 4 milhões. Deste total, R$ 1,5 milhão diz respeito ao Cartão Cidadão, que vai garantir passagem de ônibus gratuita ao trabalhador que cidadão que está desempregado.

"Se não ocorre o subsídio esse valor é repassado [pelas empresas] para a tarifa pública, a tarifa que é cobrada ao usuário. Então, o município entendeu que o momento é de pandemia. O município então entra com esse aporte econômico para que toda a sociedade, tanto a parte empresarial, quanto o usuário, o estudante, seja subsidiado. Ou seja, a Prefeitura está pagando a passagem deles, para que as passagens não subam", destacou.

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"Somando os dois subsídios [R$ 2,5 milhões para as empresas e R$ 1,5 para o Cartão Cidadão] serão R$ 4 milhões. Em princípio, o município está estimando isso até dezembro, que é o ano fiscal do município. O prefeito deve encaminhar à Câmara para o Orçamento do ano que vem, e aí ele vai tomar a decisão de como vai orçar esses dois componentes. Dependendo do comportamento pode ser que ele aumente o aporte para o desempregado, pode ser que ele reduza, pode ser que ele aumente ou reduza o subsídio, isso vai depender dessa análise até o dia 31 de dezembro. Lá ele vai avaliar qual dos dois ele vai manter e como ele vai manter isso no ano fiscal de 2022", acrescentou.

O empresário também afirmou que há a possibilidade de reajuste de passagem em 2022, mas adiantou que com o subsídio também será possível manter o sistema sem o aumento.

"Quem define na verdade o reajuste de tarifa não é o prestador de serviço. A empresa de transporte não fixa preço, quem fixa preço é o município. Mas, é importante deixar claro que sempre há a possibilidade de ocorrer reajuste de tarifa e essa possibilidade as vezes não é responsabilidade do gestor municipal, do prefeito. Essa possibilidade ocorre por conta dos combustíveis, hoje, que têm subido significativamente. Então, o próprio município fez hoje um esforço grande, para que o próprio aumento do combustível, que é o que está refletindo no subsídio, não viesse para as tarifas", completou.

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