Rodoviários

Cartas na Mesa debate greve, soluções propostas e comenta falta de dados

Jornalistas apontam que prefeito Eduardo Braide (Podemos) deixou de detalhar propostas sobre auxílio emergencial para o transporte público.

Gilberto Léda

Atualizada em 26/03/2022 às 19h18
Cartas na Mesa cobrou mais dados sobre proposta do Município.
Cartas na Mesa cobrou mais dados sobre proposta do Município. (Reprodução/YouTube)

SÃO LUÍS - O programa Cartas na Mesa analisou nesta quarta-feira, 26, a crise provocada pela greve dos rodoviários de São Luís, que já chegou ao sétimo dia.

A bancada, formada pelos jornalistas Clóvis Cabalau, Carla Lima e Ronaldo Rocha discutiu, por exemplo, a proposta do prefeito Eduardo Braide (Podemos), de conceder um auxílio emergencial para a população mais vulnerável poder ter acesso ao transporte público e, assim, garantir a entrada de mais recursos no sistema.

Essa seria uma forma de incrementar as receitas das empresas, e garantir folga para o atendimento a reivindicações de trabalhadores. A proposta acabou não agradando nem rodoviários, nem empresários, e não resolveu a questão.

"Essa proposta é como trocar seis por meia dúzia. Ele [o prefeito] só vai fazer com que algumas pessoas deixem de pagar passagem de ônibus e quem vai bancar é a Prefeitura. Mas é a mesma coisa para os empresários, é como se o passageiro estivesse pagando sua passagem. E não é exatamente essa a ideia dos empresários. Eles querem reajustar a passagem", destacou Carla Lima, lembrando que uma das justificativas dos patrões para propor o aumento é a escalada dos preços dos combustíveis no último ano.

Braide, contudo, rejeita qualquer novo aumento nos preços das passagens.

Para Lima, então, a solução seria o pagamento de um subsídio, pelo Município, ao sistema de transporte público da capital.

Já o jornalista Ronaldo Rocha destacou a falta de informações pormenorizadas sobre a proposta da Prefeitura de São Luís. Ele apontou, por exemplo, que não se sabe de quanto seria o subídio.

"O prefeito não deixou clara a proposta, ele não trouxe números, até o momento. Ele não disse, por exemplo, quantos trabalhadores desempregados terão direito a esse benefício. Esse auxílio seria uma cota única? Se estenderia até dezembro? Até o início do ano? Não ficou claro. Talvez ele tenha tratado disso com mais detalhes na reunião com rodoviários e empresários, mas, para o cidadão, para nós, jornalistas que estamos acompanhando esse movimento, ficaram algumas lacunas que precisam ser explicadas", opinou.

Veja a íntegra do programa abaixo:

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