Maranhão Nostrum

Detinha critica operação contra ela e Josimar e fala em perseguição

Deputado fez pronunciamento na Assembleia Legislativa; ela e o marido, deputado federal, são apontados como parte de grupo que pode ter desviado R$ 159 milhões.

Gilberto Léda

Atualizada em 26/03/2022 às 19h18
Discurso de Detinha foi aparteado por vários deputados
Discurso de Detinha foi aparteado por vários deputados (Divulgação/Agência Assembleia)

SÃO LUÍS - A deputada estadual Detinha (PL) criticou nesta terça-feira, 26, em discurso na Assembleia Legislativa, a operação deflagrada no início do mês pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Maranhão que culminou com o cumprimento de mandados de busca e apreensão em sua casa, onde vive com o marido, o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL).

Ambos foram alvo, juntamente com aliados e parentes do interior do estado, da Operação Maranhão Nostrum, que os acusa de participar de um esquema que pode ter desviado até R$ 159 milhões em recursos públicos destinados a prefeituras ligadas ao grupo.

Em seu pronunciamento, a parlamentar reforçou tese que vem sendo defendida por Josimar desde a deflagração da ação, de que ambos foram alvo de perseguição política, após romperem com o governador Flávio Dino (PSB). Ela e o marido já haviam promovido, na noite de segunda-feira, 25, uma live com seus advogados defendendo esse ponto de vista.

Em apartes, os deputados Hélio Soares, Leonardo Sá e Vinícius Louro, todos da bancada do PL na Casa, prestaram solidariedade à deputada.

O deputado César Pires (PV) solicitou posicionamento público da Procuradoria da Mulher da Assembleia em defesa de Detinha. Manifestaram-se, ainda, os deputados Zé Inácio (PT), Fábio Braga (SD) e Socorro Waquim (MDB).

Suspensão - Todos os atos referentes à Operação Maranhão Nostrum estão suspensos desde a sexta-feira passada, 22, por decisão do desembargador Antônio Bayma Araújo, do Tribunal de Justiça do Maranhão.

Ele concedeu liminar em mandado de segurança protocolado pelos advogados do ex-prefeito de Araguanã Valmir Amorim (PL), também alvo da ação.

No despacho, o magistrado anulou a decisão do juiz Ronaldo Maciel, da 1ª Vara Criminal de São Luís, e determinou a paralisação de toda a investigação. Ele também determinou a devolução de bens apreendidos.

O argumento é o de que a competência para julgar o caso seria do próprio TJ, uma vez que Josimar era deputado estadual quando dos fatos investigados.

A decisão vale até o julgamento do mérito do mandado de segurança impetrado pela defesa do parlamentar.

Ao comentar a decisão ainda na semana passada, Josimar fez referência ao dia 22 de outubro – coincidentemente também o número do seu partido -, e disse que “predominou a verdade”.

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