Opinião pública

Pesquisa mostra que 53% dos brasileiros desaprovam governo Bolsonaro

Instituto Exame/Ideia traz dados que mostram avaliação negativa do Governo Federal; os números mostram que esta é a segunda pior avaliação da gestão do presidente Bolsonaro.

Imirante com informações de assessoria

Atualizada em 26/03/2022 às 19h21
Governo do presidente Bolsonaro tem avaliação negativa em nova pesquisa Exame/Ideia
Governo do presidente Bolsonaro tem avaliação negativa em nova pesquisa Exame/Ideia (Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil)

O número de brasileiros que avalia a gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como ruim ou péssima voltou a subir e chegou muito próximo do recorde, registrado em julho deste ano, quando ficou em 57%. Segundo dados da mais recente pesquisa EXAME/IDEIA, a avaliação negativa soma 53%. Em relação à última sondagem, de agosto, foi um aumento de cinco pontos percentuais. Quem acha o trabalho do presidente ótimo ou bom são 23%, e regular, 21%.

A pesquisa traz dados em relação à inflação. Dos entrevistados, 79% encaram a situação como um grande problema no dia a dia. Os itens que mais têm pesado no bolso das pessoas são alimentos, bebidas e combustíveis. Para a população de renda mais baixa, das classes D e E, os alimentos e as bebidas têm um peso maior, e os combustíveis, nas classes A e B.

Outro ponto importante é que 68% dos entrevistados mudaram os hábitos de alimentação em razão da inflação. "Obviamente que isso tem um impacto muito grande no dia a dia das pessoas, estamos falando de mais de dois terços dos brasileiros comendo de alguma maneira diferente, obviamente piorando sua alimentação em razão do aumento de preços. Quem trabalha com a inflação sabe que ela é essencialmente expectativa, e 61% acham que os preços vão continuar aumentando nos próximos seis meses, ou seja, vamos continuar convivendo com um cenário bastante preocupante para o Brasil” , diz Maurício Moura, fundador do IDEIA, instituto especializado em opinião pública.

"Em relação à avaliação do governo, os indicadores do presidente continuam bastante reativos. A gente vê um ruim e péssimo acima de 50%, o que é muito perigoso porque essa parcela é de difícil desconversão. A aprovação de Jair Bolsonaro, apesar de bem resiliente na casa de 25%, no histórico é muito inferior aos pares dele que conseguiram a reeleição no Brasil pós-redemocratização - Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Bolsonaro tem duas variáveis bastante preocupantes para uma possível reeleição: forte rejeição refletida na avaliação ruim, e baixa aprovação”, disse Maurício.

Outro dado preocupante da pesquisa é que 42% dos brasileiros discordam que a economia vai melhorar nos próximos seis meses. "É muita gente com incertezas em relação ao futuro da economia, no médio prazo. Isso tem uma correlação com a aprovação do governo, 55% dos que avaliam o governo como ótimo e bom acham que vai melhorar e quem avalia mal é o contrário [66% ruim e péssimo]. É um sentimento geral de desconfiança e incerteza em relação à melhora econômica”, diz Maurício Moura.

Dos entrevistados, 45% atribuem ao Governo Federal o aumento no preço dos combustíveis e 28% atribuem aos governadores. Só que, quando cruzamos essa informação com aprovação e avaliação do presidente, é o contrário. Quem aprova o governo federal acha que a culpa é dos governadores e vice-versa. A responsabilidade, do ponto de vista da opinião pública, é um tema polarizado.

Mais

A pesquisa EXAME/IDEIA ouviu 1.295 pessoas entre os dias 18 e 21 de outubro. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A sondagem é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

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