Síndrome de Haff

Pescadores acumulam prejuízos por medo da "doença da urina preta" em São Luís

O Maranhão não tem casos suspeitos da Síndrome de Haff, mas os consumidores estão deixando de comprar peixes.

Imirante.com, com informações do G1 Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 11h01
Distribuidores de peixe fizeram ação para diminuir pânico entre os consumidores.
Distribuidores de peixe fizeram ação para diminuir pânico entre os consumidores. (Reprodução / TV Mirante)

SÃO LUÍS - Por causa dos registros da Síndrome de Haff, conhecida como doença da urina preta, em estados vizinhos do Norte e do Nordeste, pescadores estão acumulando prejuízos em São Luís, já que os consumidores estão deixando de comprar peixes. As autoridades sanitárias afirmam que não há caso suspeito da síndrome no Maranhão, mas toda a cadeia produtiva está sofrendo prejuízos por causa das informações falsas que estão circulando.

"Até o presente momento, não foram registrados casos da doença no estado do Maranhão. Existem muitas informações sem comprovação científica sendo disseminadas por meio digital, que relaciona a doença ao consumo de pescado, e que também podem prejudicar o setor. Os casos registrados em estados vizinhos acenderam o debate sobre quais espécies poderiam transmitir a doença. Portanto, não há nenhuma publicação científica ou relato da comunidade médica que associe a Síndrome de Haff ao consumo de peixes em criatórios. O pescado proveniente de empreendimentos que promovam boas práticas de manejo e manipulação de pescado, tanto na produção, quanto na sua comercialização, diminuem as chances deles se tornarem veículos contaminantes que causem prejuízo à saúde humana. Estamos monitorando os casos ocorridos em outros estados com o objetivo de antecipar as ações com maior eficiência em prol da segurança alimentar da população e da cadeia produtiva do pescado", afirmou Sérgio Delmiro, secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, em entrevista ao G1 Maranhão.

No último fim de semana, distribuidores de peixe fizeram uma ação na feira do Portinho, com distribuição de peixes e churrasco de pescado, para chamar a atenção das autoridades e diminuir o pânico entre os consumidores.

"Aqui é a fonte de todos os ludovicenses e região metropolitana vivem e sobrevivem daqui do Portinho. Eu tenho 30 anos, criei minha família, tenho meus netos. Nossos companheiros nasceram e se criaram em cima do pescado. E hoje deixaram de ingerir por via dessa mentira,. Então pedimos ajuda das autoridades competentes, que se juntem a nós para nos ajudar", disse Manoel da Paixão, presidente da Associação de Distribuidores de Pescados e Mariscos de São Luís.

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