Na esteira da diminuição dos números de casos e óbitos por Covid-19 no Maranhão - e, por consequência, da busca por leitos clínicos e de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) -, o governo do Maranhão decidiu flexibilizar medidas restritivas em todo o estado.
Mas não apenas isso.
Desde o dia 10 de julho, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) vem fechando leitos exclusivos para pacientes infectados pelo novo coronavírus. Foram 180 desde então.
Em entrevista coletiva na terça-feira, 20, o governador Flávio Dino (PSB) justificou a medida.
"A taxa de ocupação de leitos segue em declínio, permitindo, inclusive, a retomada de estruturas hospitalares para cirurgias eletivas, com a destinação de leitos que antes eram exclusivamente Covid para outras finalidades que pressionam nosso sistema de saúde. Apesar de redimensionamento, essa redistribuição de leitos entre leitos exclusivos para coronavirus e leitos com outras finalidades, no que se refere a leitos para coronavirus, nós seguimos uma tendência de declínio”, disse.
Um dia antes, na segunda-feira, 19, a coordenadora do Departamento de Alta Complexidade da SES, Hivena Lima, comunicou ao presidente da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh), Marcos Grande, necessidade de desativação do Hospital de Campanha localizado na capital. São 60 leitos a menos.
A decisão, contudo, nos dois casos, pode ser precipitada.
O próprio governador adotou discurso de cautela ao anunciar a liberação de mais atividades, em mais horários, e com maior público.
"Não há, hoje, no mundo, alguém que possa ter certeza de 100% de que essas tendências vão se confirmar, não há alguém que consiga afirmar que as tendências são estas de modo inexorável. Nós estamos vendo países do mundo enfrentando novas dificuldades, com novas variantes, então, eu faço questão de fazer essas entrevistas coletivas com frequência exatamente porque a avaliação é feita semana a semana”, destacou.
Nesse caso, o ideal seria manter os leitos - mesmo com a momentânea baixa procura - ainda ativos, e aguardar os resultados epidemiológicos das próximas semanas antes de diminuir a oferta.
Seria, acima de tudo, mais prudente.
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