Se ficou uma lição ao Brasil - e, principalmente, ao Ministério da Saúde - após o colapso por falta de oxigênio em Manaus, no início do ano, foi a de que, nessa pandemia do novo coronavírus, não se pode demorar tanto a tomar decisões quando existe a possibilidade de a situação se agravar em uma localidade.
No caso da capital amazonense, prefeitura, governo estadual e governo federal falharam em dar respostas à crise que se anunciava a partir do momento em que se identificou uma nova variante da Covid-19 no estado.
O resultado foi a perda de vidas que, certamente, teriam sido poupadas se houvesse maior proatividade de quem precisava atuar para conter o caos.
Agora, em São Luís e Região Metropolitana, pelo menos, pode-se dizer que a tragédia no Amazonas serviu de aprendizado.
Assim que se confirmou, no fim da semana passada, que tripulantes indianos de um navio chinês - três dos quais com passagem por hospital da rede privada da capital maranhense - carregavam a tal variante B.1.617 - ou cepa indiana -, autoridades sanitárias em todos os níveis tomaram decisões rápidas.
Como resultado, já no domingo, 23, 600 mil testes para identificação da variante chegavam ao Maranhão. No mesmo dia, a Prefeitura de São Luís já elaborava um plano de testagem em massa, com pontos nas principais portas de entrada e saída da cidade.
Na segunda-feira, 300 mil novas doses de vacinas foram enviadas pelo Ministério da Saúde.
Em conjunto, as secretarias de Saúde do Estado e dos quatro municípios da Grande Ilha definiram os critérios de divisão e anunciaram a ampliação do público alvo da vacinação.
É tipo de resposta que a sociedade espera quando se trata da saúde da população. Sem politizações desnecessárias. Sem disputas eleitoreiras. Com foco apenas em combater o inimigo em comum.
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