SÃO LUÍS - Há mais de um ano o álcool deixou de ser apenas um produto de limpeza em uso doméstico e passou a ser um aliado fundamental na batalha contra a pandemia da Covid-19. Lavar as mãos nunca foi tão importante, higienizar superfícies, objetos e alimentos virou rotina em nome da saúde.

O publicitário Marcio Monteiro anda com um frasco de álcool em gel na mochila e leva pra todo lugar. “Depois que a gente acostuma, acaba virando rotina usar o álcool em gel nas mãos. Tenho um guardado na mesa do trabalho também, ou uso o álcool líquido em um borrifador quando preciso limpar as mãos e não tem o gel”, explica o publicitário.

Mas será que existe um uso específico do álcool na forma líquida e outro para o álcool em gel? “O álcool em gel e o álcool líquido a 70% são efetivos na eliminação do novo coronavírus, porém o gel é mais indicado para higienizar as mãos por conter substâncias que permitem com que o álcool não evapore e fique mais tempo na pele.”, explica Ana Rachel Rodrigues, médica infectologista.

Outro fator importante é o cuidado com a pele em contato frequente com o álcool, já que a pandemia causou um aumento no uso da substância. “O álcool líquido a 70% pode causar ressecamento e lesões na pele com o uso frequente, por isso o álcool em gel é produzido com substâncias emolientes que protegem as mãos, mas eliminam o vírus”, detalha Ana Rachel.

Álcool líquido para superfícies

Não precisa se preocupar, o álcool líquido continua sendo fundamental na limpeza e higienização contra a pandemia, mas o seu uso é mais indicado para outros fins. “Higienizar o volante do carro, um corrimão de escada, a maçaneta da porta ou um carrinho de supermercado. Com o auxílio de um pano ou lenço, o álcool líquido garante a sanitização desses e de outros ambientes”, conclui Ana Rachel.

O publicitário Márcio Monteiro vai continuar usando as duas versões, em gel e líquida. O importante mesmo é se proteger. “Até a vacina chegar pra todo mundo, tem que usar o álcool e a máscara, e continuar essa batalha, porque a pandemia ainda não acabou.”

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