Debate sobre parceria institucional esquenta e expõe vaidade de Dino e Braide
Não houve diálogo até o momento entre governador e prefeito da capital, que assumiu mandato no início do ano; vaidade impede que ambos tomem iniciativa
A parceria institucional proposta na Câmara Municipal de São Luís entre o governador Flávio Dino (PCdoB) e o prefeito Eduardo Braide (Podemos) - e que foi manchete da página de Política da edição de hoje de O Estado -, esquentou o cenário político da capital e ganhou novos contornos, com declarações pouco amistosas de auxiliares de primeiro escalão de ambos os lados.
O tema, ao que tudo indica, mexe com a vaidade dos gestores, que se mostram reticentes quanto ao passo inicial que precisa ser dado.
Depois de o vereador do PCdoB, Paulo Victor, ter afirmado que o governador Flávio Dino estaria disposto a iniciar uma aproximação com o prefeito da capital, o secretário de Estado de Cidades, considerado o braço-direito do chefe do Executivo Estadual, Márcio Jerry (PCdoB), tratou de expor a real posição do Palácio dos Leões sobre o assunto.
Com certa deselegância, Jerry afirmou que cabe a Eduardo Braide manifestar interesse no diálogo e na parceria institucional com o governador Flávio Dino.
“Nós temos aguardado a manifestação do prefeito, ele ainda não fez nenhuma manifestação acerca disso. Tenho certeza que assim que o fizer, terá toda a reciprocidade do governador Flávio Dino. Agora, é uma iniciativa que, certamente, deve partir do prefeito, em torno de uma pauta para a cidade. Afinal, ele é o gestor municipal e tem a responsabilidade de cuidar da cidade e, portanto, buscar parcerias”, disse.
Não menos descortês, o secretário municipal de Comunicação da Prefeitura de São Luís, Joaquim Haickel, defendeu outra tese. Para ele, o governador do Maranhão é quem precisa dar o passo inicial.
“Ouvi com bons ouvidos a fala do secretário Márcio Jerry sobre desejada aproximação do Governo do Estado com a Prefeitura de nossa capital. Só penso que o primeiro passo deve ser dado pelo governador, pois está em posição privilegiada no cenário político e administrativo”, enfatizou.
Ou seja, ficou claro, depois do posicionamento de ambos, que na verdade pouco importa no momento a tão aclamada parceria institucional entre os Executivos estadual e municipal.
Se nenhum dos dois quiser tomar a iniciativa do diálogo, nada será feito e o cenário continuará inalterável.
E não parece haver qualquer tipo de embaraço quanto a isso. “Vida que segue”, como tanto se ouve nas filosofias rasas, baratas e mesquinhas das redes sociais.
Dino e Braide deixam aflorar a vaidade política. Vaidade que não surpreende o cidadão mais atento. E é somente por isso que o diálogo por uma gestão compartilhada fica em segundo, terceiro, ou quarto planos.
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