Covid-19

Paciente com Covid-19 que recebeu assistência com capacete Elmo recebe alta em São Luís

Roniston Carvalho, de 44 anos, estava internado no Hospital Dr. Genésio Rêgo há 25 dias.

Divulgação / SES

Atualizada em 27/03/2022 às 11h03

SÃO LUÍS - Recebeu alta médica do Hospital Dr. Genésio Rêgo, nessa quinta-feira (29), Roniston Carvalho, de 44 anos, o primeiro paciente a utilizar o capacete Elmo durante tratamento contra a Covid-19. O paciente voltou para casa após 25 dias de internação, sendo 16 em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

A batalha pela vida começou no dia 3 de abril quando, após consulta na UPA, Roniston foi imediatamente transferido para o Hospital Dr. Genésio Rêgo. O paciente foi transferido para a UTI com desconforto respiratório intenso e necessitando de oxigênio suplementar.

“Disseram que eu era um milagre. Eu agradeço, em primeiro lugar, a Deus, que capacitou cada um dos profissionais para poderem me ajudar, e que por isso são pessoas abençoadas por terem recebido esse dom. Eu também agradeço à minha esposa, pois eu sei que durante esses dias todos ela sofreu sozinha em casa, mas quando podia estar comigo, foi forte para me transmitir a calma de que precisava”, acrescentou Roniston.

Roniston Carvalho abraçando o filho. (Foto: Márcio Sampaio)
Roniston Carvalho abraçando o filho. (Foto: Márcio Sampaio)

Logo quando deu entrada na unidade, o paciente foi direcionado para a UTI, onde fez uso de uma máscara concentradora a 15L/min para minimizar o desconforto. Depois de dois dias de internação seguindo à risca essa rotina de tratamento, Roniston começou a apresentar melhora na ventilação pulmonar, o que tornou possível a aplicação do Elmo.

Para recorrer ao equipamento, é preciso atender a alguns critérios específicos como, por exemplo, apresentar insuficiência respiratória hipoxêmica, ou seja, quando os espaços aéreos no pulmão começam a entrar em colapso, apresentando quadro de dispneia (falta de ar ou dificuldade para respirar) e taquipneia (ciclo respiratório acelerado). Nos casos mais graves, o dispositivo não é recomendado.

A esposa de Roniston, Janaína Borges, disse que as palavras não descrevem o momento em que soube da alta clínica do marido. “Enquanto ele esteve internado, eu batalhei como pude. Orei, fiz companhia, mas eu sei que Deus também esteve com ele através dos médicos e agora está firme e forte com a vitória que ele queria”, declarou.

Capacete Elmo

O capacete funciona oferecendo uma pressão positiva contínua nas vias aéreas ao mesmo tempo em que oferta uma quantidade de oxigênio em níveis elevados. O dispositivo tem tamanhos que vão do PP ao GG e é composto de três componentes: uma argola rígida, por onde entram os tubos com provimento de oxigênio; uma base flexível de látex ou silicone, que se ajusta ao pescoço do paciente; e uma coifa de PVC, que é o capacete propriamente dito, montado sobre os outros dois componentes.

Capacete Elmo. (Foto: Divulgação / Governo do Maranhão)
Capacete Elmo. (Foto: Divulgação / Governo do Maranhão)

O Maranhão recebeu 50 unidades do equipamento, que promove uma pressão positiva contínua nas vias aéreas. Criado no estado do Ceará, o dispositivo, que é usado em casos específicos, reduz em até 60% a necessidade de internação em leitos de UTI. O equipamento é indicado para pacientes adultos com Covid-19 que apresentam insuficiência respiratória de leve a moderada.

Coronavírus no Maranhão

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), na noite dessa quinta-feira, o Maranhão tem 7.237 mortes e 265.865 casos confirmados da Covid-19. De acordo com a SES, foram contabilizados 38 óbitos e 1.240 pessoas infectadas pelo coronavírus nas últimas 24 horas no estado, sendo 170 na Grande Ilha de São Luís, 24 em Imperatriz e 1.046 nos demais municípios. A taxa de letalidade da Covid-19 no Maranhão, por sua vez, está em 2,72%.

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