Covid-19

Vacinação: Fesma atua para imunizar comunidades quilombolas no interior do MA

"Sou mãe solteira e, doente, não posso trabalhar", diz quilombola imunizada com ajuda da Força Estadual de Saúde do Maranhão.

Publipost / Governo do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 11h03
A Força Estadual de Saúde está percorrendo diversas cidades para auxiliar na vacinação contra o coronavírus. (Foto: Divulgação / Governo do Maranhão)
A Força Estadual de Saúde está percorrendo diversas cidades para auxiliar na vacinação contra o coronavírus. (Foto: Divulgação / Governo do Maranhão)

SÃO LUÍS - Existem mais de mil comunidades remanescentes de quilombos no Maranhão, formadas pelos quilombolas, descendentes de pessoas em situação de escravidão que fugiram entre o século XVI e o ano de 1988. A vida nas comunidades quilombolas também foi duramente afetada pela pandemia da Covid-19, que veio somar-se à ausência histórica de serviços de saúde nesses territórios – o que os tornaram uma das populações mais vulneráveis ao novo coronavírus.

Para mudar esse cenário, a Força Estadual de Saúde do Maranhão (Fesma) tem atuado de forma itinerante em mais de 90 cidades para garantir, inicialmente, a imunização de 63% da população quilombola no Estado.

Um total de 63.711 quilombolas maranhenses já receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Até este mês de abril, o Maranhão havia recebido um total de 116 mil doses da AstraZeneca voltadas para vacinar quilombolas a partir dos 18 anos de idade.

Fesma vacina comunidades ribeirinhas e quilombolas em todo o Estado. (Foto: Divulgação / Governo do Maranhão)
Fesma vacina comunidades ribeirinhas e quilombolas em todo o Estado. (Foto: Divulgação / Governo do Maranhão)

Entres essas pessoas, conhecemos a vendedora Raimunda Martins, que mora na comunidade tradicional São Lourenço, que fica no município de Vitória do Mearim. Para ela, receber a imunização é a garantia de poder continuar a trabalhar e cuidar do seu filho Manoel de Jesus, que tem dificuldade de locomoção devido à paralisia infantil.

“Tá morrendo tanta gente... Eu sou mãe solteira, tenho meus filhos para ajudar e se eu morrer fica pior, né? E uma pessoa doente não pode trabalhar”, disse Raimunda.

A enfermeira da Fesma, Jadeane Medeiros, foi até a casa de dona Raimunda Martins para vacinar Manoel de Jesus, em um momento que emocionou até mesmo os profissionais de saúde. “Para nós, é um prazer enorme participar desse processo, apoiando os municípios na vacinação das comunidades quilombolas e ribeirinhas. Eu me sinto muito feliz de ver a alegria da comunidade por receber a vacina e ter esperança em dias melhores, que é o que a gente espera a cada dia”, conta a enfermeira.

Em Anajatuba, 2.300 pessoas de 15 comunidades quilombolas já foram imunizadas em ação da Fesma. Mais um exemplo de que a parceria da Fesma com os municípios para a cobertura vacinal deu maior agilidade na aplicação das vacinas.

A imunização nas comunidades tradicionais de Anajatuba conta com a participação de pelo menos 30 profissionais da Fesma, entre agentes comunitários de saúde, equipes de Saúde da Família, enfermeiros, técnicos de enfermagem, além de contar com uma viatura disponibilizada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).

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