Dados

Diferença entre nascimentos e óbitos cai 114% no Maranhão, mostra levantamento

Comparação com março de 2020 mostra o impacto da pandemia no estado e fez com que a diferença entre nascidos e mortos chegasse a apenas 124% no último mês.

Divulgação / Arpen-MA

Atualizada em 27/03/2022 às 11h03
Os dados constam do Portal da Transparência do Registro Civil.
Os dados constam do Portal da Transparência do Registro Civil. (Foto: divulgação)

SÃO LUÍS - A alta no número de mortes no Maranhão no mês de março provocou um fenômeno inesperado no Estado: a aproximação entre os números de nascimentos e óbitos, que atingiu o segundo menor patamar da série histórica do Registro Civil, iniciada em 2003. Com 7.008 nascimentos e 3.130 óbitos, a diferença entre ambos ficou em apenas 3.878 atos, o que equivale a 124%, e uma redução histórica de 114% desde o início da pandemia em março de 2020. Em maio de 2020 o Estado havia registrado queda de 85%.

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Os dados constam do Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.

A diferença entre os dois atos já vinha caindo ao longo do tempo, mas acelerou vertiginosamente com a pandemia causada pelo novo coronavírus. Em 2003, no início da série histórica esta diferença era de mais de 530%, baixando para 430% na década de 2010, e abrindo 2020 com diferença na casa dos 380%. Com o início da pandemia, baixou para 238% em março, em maio tivemos a menor diferença já registrada, 85%. A partir de julho os números voltaram a crescer, com aumento da diferença para 192%, chegando a dezembro a 233%. Já em março deste ano, os números voltam a cair, registrando 124%.

"Não podemos excluir o fato de que a pandemia impactou fortemente a vida de milhões de famílias maranhenses. Tivemos um período em que todos estavam muito temerosos com relação a doença e vimos isso na prática em nossos Cartórios", destaca o presidente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado do Maranhão (Arpen-MA), Devanir Garcia.

Já no Brasil, a alta no número de mortes no mês de março provocou um fenômeno inesperado no país: a aproximação recorde entre os números de nascimentos e óbitos, que atingiu o menor patamar da série histórica do Registro Civil, iniciada em 2003. Com 227.877 nascimentos e 179.938 óbitos, a diferença entre ambos ficou em apenas 47.939 atos, o que equivale a 27%, e uma redução histórica de 72% desde o início da pandemia em março de 2020.

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