Alerta

Maranhão é o terceiro Estado que mais atrasa notificação de óbitos por Covid-19

Levantamento é da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h03
Fiocruz alerta para atraso em notificações de óbitos da Covid-19.
Fiocruz alerta para atraso em notificações de óbitos da Covid-19. (Foto: Paulo Soares/O Estado)

SÃO LUÍS – O Maranhão é um dos Estados que mais atrasa as notificações de óbitos de Covid-19, segundo levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). No Maranhão, o intervalo de tempo entre a data da morte e a inclusão do dado no sistema é, em média, 34,1 dias. Isso significa que o número de óbitos registrados agora são de um mês atrás.

Em Alagoas, Estado que aparece com o pior índice, a média é de 47,5 dias. Em segundo lugar, o Amapá, com intervalo de 34,8 dias.

Cinco Estados do país apresentam uma média abaixo de 10 dias, entre a data do óbito por Covid e a notificação. São eles: Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e Roraima.

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Divulgado na terça-feira (23), o novo Boletim Extraordinário do Observatório Covid-19 Fiocruz chama atenção para a necessidade da adoção de medidas rígidas para o bloqueio da transmissão da doença em todos os estados, capitais e municípios que se encontram na zona de alerta crítico. As principais recomendações apontadas são a restrição das atividades não-essenciais por cerca de 14 dias, para redução de aproximadamente 40% da transmissão, e o uso obrigatório de máscaras por pelo menos 80% da população.

O documento produzido pelo Observatório Covid-19 da Fiocruz destaca ainda o agravamento do cenário nacional, que apresenta valores extremamente altos de casos e óbitos diários por Covid-19, a preocupante permanência da tendência de aceleração da transmissão do Sars-CoV-2 e o quadro muito crítico das taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil.

Assista à reportagem da TV Mirante

Tempo médio entre data do óbito e a notificação nos Estados:

1º) Alagoas: 47,5 dias
2º) Amapá: 34,8 dias
3º) Maranhão: 34,1 dias
4º) Pernambuco: 30 dias
5º) Pará: 26,2 dias
6º) Rondônia: 25,9 dias
7º) Mato Grosso: 25,3 dias
8º) Acre: 23 dias
9º) Espírito Santo: 21,9 dias
10º) Rio de Janeiro: 20,2 dias
11º) Paraíba: 17,8 dias
12º) Sergipe: 17,7 dias
13º) Rio Grande do Norte: 16,7 dias
14º) Bahia: 15,7 dias
15º) Piauí: 14,6 dias
16º) Tocantins: 14,4 dias
17º) Paraná: 14,4 dias
18º) São Paulo: 13,6 dias
19º) Goiás: 13,5 dias
20º) Ceará: 13,1 dias
21º) Amazonas: 12,9 dias
22º) Distrito Federal: 10,2 dias
23º) Roraima: 8,5 dias
24º) Minas Gerais: 7,8 dias
25º) Santa Catarina: 4,8 dias
26º) Rio Grande do Sul: 3,3 dias
27º) Mato Grosso: 1,4 dia

Por meio de nota, Secretaria de Estado da Saúde (SES) afirma que o sistema de notificação das mortes apresenta instabilidade constantemente.

Leia a nota na íntegra

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) esclarece que os óbitos relacionados às Síndromes Respiratórias Agudas Graves por Covid-19 são notificados no Sistema Notifica Covid-19, desenvolvido pela SES/MA, bem como no Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), do Ministério da Saúde/DATASUS, que constantemente apresenta instabilidade.

Ainda assim, mesmo com a inconsistência no Sivep-Gripe, base de análise do levantamento do Instituto Oswaldo Cruz, os dados do Maranhão são regularmente notificados na plataforma estadual, de modo a garantir a qualificação da informação sem atrasos, tendo suas publicações diárias no Boletim Epidemiológico.

Importa, ressaltar, que a notificação dos dados é responsabilidade das unidades de saúde públicas de gestão estadual, municipal e federal; bem como da rede privada e vigilâncias epidemiológicas das 217 cidades maranhenses.

Por fim, a SES esclarece que mesmo com a instabilidade informada no Sivep-Gripe, os profissionais realizam a inserção dos dados quando existe possibilidade técnica.

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