Derrubada de barracos

DPE-MA afirma que está acompanhando desocupação de palafitas no São Francisco e busca garantia de abrigo às famílias

Segundo a Defensoria Pública do Estado, ainda há a apuração de denúncias relacionadas ao uso excessivo da força policial durante a retirada dos moradores do local.

Divulgação/DPE-MA

Atualizada em 27/03/2022 às 11h05
De acordo com a DPE-MA, o acompanhamento está sendo feito por meio dos núcleos de Moradia e Defesa Fundiária, de Direitos Humanos e a Central de Inquéritos. / Foto: Divulgação/DPE-MA.
De acordo com a DPE-MA, o acompanhamento está sendo feito por meio dos núcleos de Moradia e Defesa Fundiária, de Direitos Humanos e a Central de Inquéritos. / Foto: Divulgação/DPE-MA.

SÃO LUÍS - A Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE-MA) informou que está acompanhando o caso da operação realizada, nessa quarta-feira (2), para remoção de ocupações na margem da avenida Ferreira Gullar, entre os bairros São Francisco e Ilhinha em São Luís.

De acordo com a DPE-MA, o acompanhamento está sendo feito por meio dos núcleos de Moradia e Defesa Fundiária, de Direitos Humanos e a Central de Inquéritos.

Durante a ação de retirada, realizada pela Blitz Urbana da Prefeitura de São Luís, com o apoio da Polícia Militar do Maranhão (PMMA), os ocupantes protestaram contra a remoção e atearam fogo em pneus, tábuas e galhos. Houve confronto entre policiais e ocupantes da área. Pessoas foram detidas pela PM e conduzidas para a delegacia do São Francisco.

Saiba mais: Barracos sob ponte são destruídos em ação tensa, com apoio da PM

Diante da situação, na tarde dessa quarta, os defensores públicos Jean Nunes (Direitos Humanos) e Marcus Patrício Soares Monteiro (Moradia e Defesa Fundiária) se dirigiram até o local da desocupação para ouvir os moradores da região e dar início aos procedimentos cabíveis. Também acompanhando o caso, o defensor Vinicius Goulart, da Central de Inquéritos, está verificando se houve alguma autuação em flagrante.

“De imediato, acionamos os órgãos de assistência social. Já entramos em contato com a Semcas para que fosse enviada uma equipe de triagem para fazer um cadastramento das famílias, verificar a possibilidade de fornecer abrigo para as pessoas que não tem para onde ir e, num futuro bem próximo, ofertar o aluguel social para amenizar a situação que aparenta ser de déficit habitacional”, destacou Marcus Patrício, acrescentado que a Semcas já garantiu que irá nesta quinta (3), ao local fazer o levantamento das necessidades mais urgentes, inclusive, avaliar a possiblidade de inclusão em programas sociais.

De acordo com a DPE-MA, o acompanhamento está sendo feito por meio dos núcleos de Moradia e Defesa Fundiária, de Direitos Humanos e a Central de Inquéritos. / Foto: Divulgação/DPE-MA.
De acordo com a DPE-MA, o acompanhamento está sendo feito por meio dos núcleos de Moradia e Defesa Fundiária, de Direitos Humanos e a Central de Inquéritos. / Foto: Divulgação/DPE-MA.

O defensor Jean Nunes reafirmou a atuação da Defensoria para garantir abrigamento ou aluguel social às famílias e ainda a apuração de denúncias relacionadas ao uso excessivo da força policial.

“Foram relatados casos de truculência na abordagem e retirada das casas e verificamos pessoas com hematomas. Trata-se de uma situação de conflito complexa, que vamos acompanhar”, explicou. Jean observa também que alguns barracos apresentam indícios de ocupação estável, já equipados com móveis e eletrodomésticos.

Em nota, o Governo do Maranhão informou que a ocupação ilegal da área teria se iniciado no dia 1º deste mês e que foram realizadas tentativas de conciliação e mediação antes da operação, inclusive com a oferta de pagamento de aluguel social. A nota informa ainda que as pessoas que se sentiram prejudicadas podem formalizar denúncias, que serão todas apuradas.

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