SÃO LUÍS - Talita, Wanessa, Joana, Danielle, Maria, Ana Cristina, Mariana. Estes são apenas alguns nomes de vítimas de feminicídio no Maranhão, que foram homenageados nesta sexta-feira (13), na abertura da IV Semana Estadual de Combate ao Feminicídio. Com o tema "Essa dor também é minha!", o evento está realizando uma série de ações. Entre elas, palestras, um passeio ciclístico e uma solenidade de encerramento.
A delegada da Delegacia da Mulher, Wanda Moura, explicou que esta é uma ação da Polícia Civil com demais órgãos parceiros.
"O evento visa sensibilizar a sociedade em geral sobre a necessidade da gente discutir e visibilizar todas as formas de violência contra a mulher. Se esse tema não for tratado com a seriedade necessária perderemos outras vitimas, teremos mais vitimas de feminicídio. Então a forma que a gente pode evitar que mais casos ocorram é a partir de ações preventivas, educativas, diálogos com a sociedade, que as pessoas consigam entender que o machismo mata e que essa desigualdade de poder nas relações entre homens e mulheres geram feminicídio", disse a delegada.
A primeira ação da IV Semana Estadual de Combate ao Feminicídio contou com a presença de familiares de algumas vítimas de feminicídio no Maranhão. Com as camisas estampas, as lembranças pairavam sobre o ambiente, mas o sentimento era de luta contra o crime que vem tirando a vida de muitas mães, irmãs, tias, primas e sobrinhas.
"Esse movimento é muito importante, pois nós estamos nessa luta e tem que acabar com isso, esses homens monstros matando nossas filhas. Eu perdi a minha filha, a Andreia Miranda Teixeira, tragicamente para um monstro. Tem que dar um basta na violência contra a mulher", expressou a funcionária pública Ana Paula Miranda, mãe de uma das vítimas.
A arquiteta Juliana Costa Rios, irmã de Mariana Costa que foi assassinada há quatro anos, no dia 13 de novembro de 2016, relembra a perda e ressalta a importância do evento, que une pessoas que ainda buscam por justiça, assim como ela.
"Essa data é importante e precisa ser voz de todos, pois eu sei o que é sentir a dor da perda de um crime tão grave como esse. A gente pode ver que as estatísticas vêm aumentando, precisamos unir as nossas vozes, precisamos fazer uma voz, de todos, não só das mulheres, dos homens também, pois isso precisa acabar. A gente precisa acabar com essa cultura do machismo, com esse tipo de violência contra as mulheres", destacou a arquiteta.
No 21 de novembro, será realizado o I Passeio Ciclístico de Combate ao Feminicídio, que fará um percurso pela avenida Litorânea, em São Luís. Já no dia 24, o encerramento da IV Semana Estadual de Combate ao Feminicídio será feito durante uma cerimônia na Casa da Mulher Brasileira, com a presença de autoridades.
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