SÃO LUÍS - Nesta segunda-feira (21), durante uma coletiva de imprensa, a Polícia Civil divulgou que um pedreiro e o ex-marido de Graça Maria Pereira de Oliveira, de 57 anos, foram presos suspeitos de matarem a empresária e sua filha Talita de Oliveira Friseiro, de 27 anos, encontradas mortas no dia 7 de junho.
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De acordo com a Polícia Civil, o pedreiro, que trabalhava em uma obra perto da casa das vítimas, foi contratado para cometer o crime. Segundo as investigações, o ex-marido de Graça Maria, que até então era o principal suspeito de ser o assassino, foi quem planejou o duplo homicídio.
Ainda segundo a polícia, as investigações duraram menos de três semanas, e um celular roubado no dia do crime foi fundamental para que a polícia chegasse ao suspeito de ter executado as vítimas.
“O autor do crime foi o pedreiro que estava trabalhando na obra que dividia o muro entre a casa das vítimas e a casa vizinha. Ele já tinha acesso à casa das vítimas, pois já estava trabalhando ali desde abril, então a vítima (Graça) já franqueava a entrada dos pedreiros, oferecia água. Inclusive, o executor já tinha ganho dela objetos como liquidificador, micro-ondas, então já era uma pessoa conhecida ali. E era comum ela abrir o portão de casa para que os pedreiros passassem com entulhos”, explicou a delegada Viviane Fontenele, titular da Delegacia Especial da Mulher (DEM).
A delegada ainda contou que o pedreiro se utilizou da oportunidade que a vítima dava a ele de ter acesso às dependências da casa. “Era comum eles chegarem na obra e ir pulando o muro. Então ele pulou o muro e chamou: ‘dona Graça, abra o portão pra mim, por favor!’. Quando ela entrou para pegar a chave, ele já foi por trás e amarrou as mãos, pernas e amordaçou ela, foi quando a filha dela, a Talita, apareceu e ele fez a mesma coisa com ela. No local ele estrangulou a Graça, já a Talita ele matou asfixiada dentro carro”, relatou a delegada.
De acordo com a delegada Viviane Fontenele, o ex-marido de Graça foi para Imperatriz, para não deixar provas de que ele foi o autor, mas a polícia acabou descobrindo que ele havia sido o mentor de tudo e conseguiu prendê-lo no último sábado (19).
Ainda segundo a delegada Viviane Fontenele, a motivação do crime seria uma disputa judicial pela divisão de bens do casal. Graça era sócia de uma empresa de locação de contêiner e, segundo a família, já tinha, na Justiça, o direito de metade dos bens. Já Talita era enteada do suspeito de planejar o crime, e seria a herdeira legítima da mãe.
O pedreiro confessou os crimes em depoimento e disse à polícia que recebeu R$ 5 mil pelo serviço. De acordo com as investigações, o mandante teria orientado o pedreiro até sobre a forma de como as vítimas deveriam ser assassinadas.
“O mandante disse que o pedreiro teria duas opções, ou colocaria os corpos no carro e atearia fogo com os corpos dentro para tentar evitar que polícia identificasse vestígios de que teve assassinato ou ele deixaria os corpos na cozinha, acenderia uma vela e ligaria o gás, para que acontecesse um incêndio e destruísse qualquer vestígio”, contou Viviane Fontenele.
A delegada explicou que o homem só não ateou fogo nos corpos dentro do carro, por medo de chamar a atenção e ser pego no local do crime.
Ainda nesta segunda (22), a polícia prendeu um terceiro suspeito de estar envolvido no crime. O homem teria intermediado o contrato com o pedreiro para execução dos homicídios. Segundo a polícia, o homem é o chefe da obra vizinha à casa das vítimas.
Veja a reportagem da TV Mirante
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