SÃO LUÍS - Considerando o contexto difícil instaurado pela pandemia do novo coronavírus e as medidas de proteção que o momento exige, o lar, mais do que nunca, representa o principal refúgio para evitar a contaminação.
A ideia de refugiar-se dentro de casa, porém, não parece ser suficiente para passar por essa fase. Daí as distrações do dia a dia como a televisão, livros, redes sociais e outras ferramentas da internet se tornam a válvula de escape para preencher o tempo.
Só que o barco não é o mesmo para todos. Nem todo mundo se entrega fácil às distrações oferecidas pelo mundo tecnológico. Principalmente os idosos. De acordo com o psicólogo Filiphe Mesquita, a quebra da dinâmica na rotina pode provocar nesse público da terceira idade a sensação de perda do senso de utilidade, por exemplo.
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“É como se ele já tivesse que ser obrigado a não fazer nada. Quando chega nessa fase, existe o conflito da pessoa acreditar que precisa fazer algo para se sentir completo e encontrar um sentido já que ele não está mais trabalhando", explica.
O profissional alerta também para o tédio que surge nessa situação, algo que é comum de aparecer na terceira idade. Isso provoca a sensação de que o tempo passou e não há nada para fazer. Se agravado, esse estado pode gerar alguns transtornos como ansiedade e depressão.
Porém, o cuidado das pessoas próximas a esses idosos pode contribuir para amenizar efeitos negativos do distanciamento social a partir de atitudes como prestar atenção no posicionamento da pessoa e analisar como ela está reagindo diante dos acontecimentos.
Talvez um idoso signifique de uma forma esse momento, e outro idoso signifique de outra forma. Tem gente que vai dizer que é uma oportunidade para costurar, ler mais, estudar mais. Mas, tem outros que vão dizer que está se sentindo preso. Então, a primeira atitude das pessoas próximas deve ser ouvir e entender o que é que está acontecendo neste momentoFiliphe Mesquita
Para a psicóloga Ana Beatriz Adler, é preciso compreender que o idoso terá, uma hora ou outra, o seu momento de ficar triste e mais reservado. Por isso, ouvir e acolher é tão importante.
"Existem coisas que a gente não pode controlar. Mas, tem outras ações que podemos sim assumir o controle para tornar aquele ambiente mais seguro e acolhedor", afirma.
Sobre isso, a psicóloga explicou algumas atitudes que podem ser tomadas para enfrentar, junto ao idoso, toda essa situação.
Ouça as orientações e explicações sobre o tema neste episódio do Imicast:
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