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Em dois anos, casos de leptospirose mais que dobram no Maranhão

Evitar o contato com água ou lama de enchentes é uma das medidas de prevenção da doença.

Imirante.com, com informações da TV Mirante e Ministério da Saúde

Atualizada em 27/03/2022 às 11h09
Leptospirose está relacionada às condições precárias de infraestrutura sanitária.
Leptospirose está relacionada às condições precárias de infraestrutura sanitária. (Foto: Reprodução/TV Mirante)

SÃO LUÍS - Dados da Secretaria de Saúde mostram que mais que dobrou o número de casos de leptospirose no Maranhão, nos últimos dois anos.

Em 2019, foram registrados 32; em 2018, houve 15. O aumento foi de 113%.

O que é Leptospirose?

A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que resulta da exposição direta ou indireta a urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira; sua penetração acontece pela da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou através de mucosas.

O período de incubação, ou seja, tempo entre a infecção da doença até o momento que a pessoa leva para manifestar os sintomas, pode variar de 1 a 30 dias e normalmente ocorre entre 7 a 14 dias após a exposição a situações de risco. As manifestações clínicas variam desde formas assintomáticas e subclínicas até quadros graves, associados a manifestações fulminantes. São divididas em duas fases: fase precoce e fase tardia.

A doença apresenta elevada incidência em determinadas áreas além do risco de letalidade, que pode chegar a 40% nos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada às condições precárias de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados.

Quais são os sintomas?

Febre;
Dor de cabeça;
Dor muscular, principalmente nas panturrilhas;
Falta de apetite;
Náuseas/vômitos.

Como é feito o tratamento?

Para os casos leves de leptospirose, o atendimento é ambulatorial, mas, nos casos graves, a hospitalização deve ser imediata, visando evitar complicações e diminuir a letalidade. A automedicação não é indicada. Ao suspeitar da doença, a recomendação é procurar um serviço de saúde e relatar o contato com exposição de risco.

Como prevenir

A prevenção da Leptospirose ocorre por meio de medidas como:

- Obras de saneamento básico (drenagem de águas paradas suspeitas de contaminação, rede de coleta e abastecimento de água, construção e manutenção de galerias de esgoto e águas pluviais, coleta e tratamento de lixo e esgotos, desassoreamento, limpeza e canalização de córregos), melhorias nas habitações humanas e o controle de roedores.

- Evitar o contato com água ou lama de enchentes e impedir que crianças nadem ou brinquem nessas águas. Pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulhos e desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de borracha (ou sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés).

- A água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) mata as leptospiras e deve ser utilizada para desinfetar reservatórios de água: um litro de água sanitária para cada 1.000 litros de água do reservatório. Para limpeza e desinfecção de locais e objetos que entraram em contato com água ou lama contaminada, a orientação é diluir 2 xícaras de chá (400ml) de água sanitária para um balde de 20 litros de água, deixando agir por 15 minutos

- Controle de roedores: acondicionamento e destino adequado do lixo, armazenamento apropriado de alimentos, desinfecção e vedação de caixas d´água, vedação de frestas e aberturas em portas e paredes, etc. O uso de raticidas (desratização) deve ser feito por técnicos devidamente capacitados.

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