Negligência

Filha de idosa vítima de maus-tratos tinha nojo da mãe, aponta investigação

A polícia descobriu que Francisca das Chagas morava em São Luís com a filha, a qual era negligente com a idosa.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h12
A idosa Francisca das Chagas Oliveira morreu na última sexta (21) no Hospital Municipal Clementino Moura, o Socorrão II, em São Luís, possivelmente vítima de maus-tratos.
A idosa Francisca das Chagas Oliveira morreu na última sexta (21) no Hospital Municipal Clementino Moura, o Socorrão II, em São Luís, possivelmente vítima de maus-tratos. (Foto: Reprodução/TV Mirante)

SÃO LUÍS – Nesta sexta-feira (28), a delegada Igliana Azulay, titular da Delegacia do Idoso, em São Luís, falou sobre o caso da idosa Francisca das Chagas Oliveira, que morreu na última sexta (21) no Hospital Municipal Clementino Moura, o Socorrão II, em São Luís, possivelmente vítima de maus-tratos.

Relembre o caso: Idosa, abandonada pela família, morre no Socorrão II

Segundo a delegada, a versão da filha de Francisca, identificada como Francimeyre Oliveira, era de que a mãe estava com uma sobrinha no município de Vargem Grande, há cerca de 4 meses, sendo que no dia 19 de junho ela teria recebido uma ligação de uma pessoa dizendo que dona Francisca estava abandonada em uma casa na cidade.

A filha da idosa afirma que, imediatamente, pegou um carro e foi buscar a mãe em Vargem Grande, onde encontrou ela abandonada há mais de uma semana e, diante da situação, levou a mãe a uma unidade de saúde de emergência, no Distrito Industrial de São Luís, onde deixou a idosa sob cuidados médicos e relatou o que havia acontecido a assistente social da unidade hospitalar.

Porém, após a morte de dona Francisca das Chagas no Socorrão II, para onde ela havia sido transferida, posteriormente, devido ao agravo no quadro de saúde, a Delegacia do Idoso iniciou as investigações para saber o que, de fato, havia acontecido com a vítima.

A delegada Igliana Azulay afirma que, depois que a idosa foi sepultada, a filha dela sumiu do bairro onde morava, sem dizer a ninguém o seu paradeiro. Diante disso, a polícia desconfiou do sumiço da mulher e colheu informações de vizinhos acerca da conduta de Francimeyre.

Os vizinhos afirmaram que a idosa morava com a filha em São Luís e não no interior do Estado, como ela havia alegado no hospital. E que a filha era negligente com a mãe, tendo nojo de lidar com as feridas que ela tinha pelo corpo e também não alimentava a idosa corretamente. Sendo que no dia 19, vendo que a mãe estava muito fraca, Francimeyre solicitou a ajuda de um vizinho para levar a idosa a um posto de saúde.

Diante dessas informações, a polícia iniciou as buscas por Francimeyre Olibveira, a qual poderá responder pelo crime de maus-tratos contra a mãe idosa. Pois, Francisca das Chagas Oliveira chegou ao hospital, no dia 19 de junho, muito debilitada, fraca e com muitas úlceras antigas e profundas pelo corpo, além de estar suja e visivelmente maltratada.

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