SÃO LUÍS – O delegado afastado e ex-superintendente de investigações criminais Thiago Bardal foi preso, nesta quarta-feira (28), suspeito de envolvimento com uma quadrilha especializada em assaltos a bancos na região Tocantina, no Maranhão.
Foram cumpridos mandados de prisão preventiva contra Bardal e o investigador João Batista de Sousa Marques, em São Luís. Além deles, foram presos mais dois advogados, Werther Ferraz Júnior e Ary Cortez Prado Júnior, suspeitos de envolvimento no esquema, na cidade de Imperatriz. As investigações apontam recebimento de propina de quadrilhas que assaltavam bancos no Estado. O valor era de aproximadamente R$ 100 mil por assalto.
Thiago Bardal foi encaminhado para a sede da Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção (Secor), em São Luís.
Acusações anteriores
Uma operação da Polícia Militar, realizada na noite do dia 21 de fevereiro deste ano que se estendeu até a noite do dia seguinte, desarticulou uma organização especializada em contrabando de mercadorias. O ponto base desse bando criminoso era um sítio no povoado Arraial, no bairro do Quebra-Pote, onde havia até mesmo um porto clandestino.
Ainda durante esse cerco policial, foram apreendidos veículos, armas, munição, dinheiro e uma carga de uísque e cigarros contrabandeados. Policiais militares, empresários e políticos foram presos.
As investigações pontaram Thiago Bardal como um dos líderes desse bando, e ele acabou sendo preso no dia 2 de março deste ano por meio de determinação judicial. Bardal também foi denunciado por peculato e prevaricação.
Thiago Bardal ficou preso em uma das celas do presídio destinado a policiais civis, anexo da delegacia da Cidade Operária, e foi solto no dia 24 de maio, após o pagamento de fiança no valor de R$ 30 mil.
Em nota, a Polícia Civil do Maranhão informou investiga, ainda, se há participação de outros policiais no esquema criminoso.
Veja nota na íntegra:
A Polícia Civil do Estado do Maranhão, por meio da Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção (Seccor), em trabalho conjunto com o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual, informa que, na manhã desta quarta-feira (28), cumpriu mandados de prisão preventiva contra o delegado de Tiago Mattos Bardal, o investigador João Batista de Sousa Marques e os advogados Werther Ferraz Júnior e Ary Cortez Prado Júnior. De forma simultânea, foram realizadas também buscas nas residências dos acusados, em São Luís e Imperatriz.
As ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Criminal de São Luís e decorrem de investigação conjunta, iniciada no primeiro semestre deste ano, que aponta que os presos se associaram, de forma estável e permanente, com o objetivo de extorquir grupos criminosos. Os acusados receberiam parcela dos produtos dos assaltos a agências bancárias e prestariam proteção, mediante o pagamento de propina, aos integrantes do crime organizado.
Os policiais presos seguem para a Delegacia da Cidade Operária (Decop) e os advogados para o sistema prisional, onde ficarão à disposição da Justiça.
A Polícia Civil investiga, ainda, se há participação de outros policiais no esquema criminoso.
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