Segundo investigações

Delegada confirma que radialista Samir Ewerton enviou mensagens de assédio

O radialista alegou, em depoimento, ser inocente. Porém, argumento usado por ele não se sustenta.

Liliane Cutrim/Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h19
Radialista Samir Ewerton.
Radialista Samir Ewerton. ( Foto: Reprodução)

SÃO LUÍS – A Polícia Civil concluiu, nesta quinta-feira (15), o inquérito policial que apura as denúncias de casos de assédio sexual que teriam sido cometidos pelo radialista Samir Ewerton. O suspeito foi ouvido, nessa quarta-feira (14), pela delegada Wanda Moura, titular da Delegacia Especial da Mulher (DEM), responsável pelo caso.

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Segundo a delegada, o jornalista afirmou ter tido contato as mulheres, mas negou ter enviado mensagens de assédio para as mesmas.

“Ele falou que realmente teve contato com as mulheres, que as conhecia e que tratou com elas sobre essa oportunidade de trabalho na TV Metropolitana. Mas negou ter enviado as mensagens que propunham favores sexuais em troca da garantia de emprego. Ele disse que nesse período ele teria perdido o telefone celular e que, possivelmente, essas mensagens teriam sido passadas por outra pessoa”, explicou a delegada.

No entanto, Wanda Moura explica que as mensagens enviadas não foram apenas em forma de texto, mas também de voz.

“Esse argumento mandado por ele para tentar se eximir da responsabilidade realmente não convence. E também ficou confirmado nas investigações que essas mensagens, de fato, foram mandadas por ele. Até porque em outro grupo de trabalho que ele participava, ele mandou uma mensagem para a rádio Universidade com informações que somente ele teria acesso, isso no mesmo período em que ele alega ter perdido o celular. Então, esse argumento usado por ele não se sustenta”, declara a delegada da DEM.

Sobre os depoimentos das vítimas, Wanda Moura afirma que os das estagiárias da rádio Universidade são os que mais chocam, pois elas falaram que ficavam tão constrangidas com a presença de Samir na emissora, que evitavam sair da sala para irem ao banheiro ou tomar água, para não correrem o risco de cruzar com ele pelos corredores.

“Todo esse comportamento assediador do Samir casou sim um dano psíquico nessas mulheres, que ficavam constrangidas e intimidadas, sendo que algumas até choraram aqui durante o depoimento”, contou a delegada.

Segundo a titular da Delegacia Especial da Mulher, o inquérito foi instaurado no dia 16 de fevereiro de 2018, quando nove mulheres (quatro estagiárias da rádio Universidade e cinco jornalistas) compareceram na DEM afirmando terem sido vítimas do assédio do radialista. Nesta quinta o caso foi encaminhado à Justiça, a qual tomará as medidas cabíveis.

Ouça, na reportagem de Alessandra Rodrigues da Mirante AM, mais detalhes sobre o caso:

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