Condenação

Dois membros de facção criminosa são condenados pelo Tribunal do Juri

Os dois faziam parte da "Gangue da Proab", que agia no bairro Anjo da Guarda.

Imirante.com / com informações do MP-MA

Atualizada em 27/03/2022 às 11h20
O grupo é ligado a facção criminosa PCM.
O grupo é ligado a facção criminosa PCM. (Foto: divulgação)

SÃO LUÍS - Dois integrantes da facção criminosa "Gangue da Proab", identificados como Edvaldo Gomes Rodrigue Júnior, conhecido por "Edzinho" e Huxley Sodré Carvalho, conhecido por "Spoca", foram julgados nessa quinta-feira (8), pela 4ª Vara do Tribunal do Juri. O grupo agia no bairro Anjo da Guarda e é ligada à facção criminosa Primeiro Comando do Maranhão (PCM).

LEIA TAMBÉM:

Jovem morto no Centro de São Luís teria envolvimento com facção criminosa

Jovem é morto a tiros na praça Gonçalves Dias

O julgamento estendeu-se até as 23h e os acusados foram condenados por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e dissimulação) às penas de 28 e 30 anos, respectivamente.

A vítima foi Carlos Augusto Soares Barros, conhecido por Soraque, morto em sua própria casa na Rua Bom Sucesso, Anjo da Guarda, na madrugada de 3 de abril de 2014. A vítima havia se mudado para a residência na tarde do dia 2 de abril, ou seja, menos de 12 horas antes de morrer e foi morto simplesmente porque os integrantes da Gangue da Proab, então liderados por Edizinho, descobriram que ela havia cumprido pena no setor ligado ao Bonde dos 40.

Após assassinarem barbaramente a vítima, os acusados e dois outros comparsas tentaram invadir a casa vizinha porque perceberam que seus moradores viram o crime e queriam eliminá-los para evitar testemunhas. Esses moradores mudaram-se do local por medo de serem mortos, mas foram testemunhas fundamentais para a condenação dos acusados.

Na defesa de Edizinho, atuou o advogado Ítalo Gustavo Leite e na defesa de Spoca, o defensor público Adriano Jorge Campos. Pelo Ministério Público, atuou o promotor de justiça Samaroni de Sousa Maia.

FALSO TESTEMUNHO

Durante o julgamento, a testemunha de defesa de Edvaldo, Walbert Ferreira de Sousa, que é administrador de empresa e guarda civil da cidade de Sorocaba (SP), prestou testemunho declarando que o acusado estava em São Paulo na data do crime, trabalhando em sua empresa. Submetido à quesitação por falso testemunho, ele foi preso em flagrante, após o Conselho de Sentença votar favorável ao pedido do Ministério Público.

As defesas de ambos os acusados recorreram em plenário da condenação. Eles já estavam presos e continuaram presos. Em agosto de 2017, Edvaldo já havia sido condenado na 4ª Vara do Tribunal do Júri por tentativa de homicídio, constrangimento ilegal e roubo.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.