SÃO LUÍS - A Unidade de Educação Básica (U.E.B) Governador Jackson Kepler Lago, localizada na avenida principal da Cidade Operária, passa por problemas estruturais. Segundo informações de pais de alunos, não há água para atender as necessidades essências dos estudantes, as lâmpadas estão queimadas e há infiltração em quase todo o prédio. O descaso parece não ter solução, e mães de alunos denunciam os problemas.

Segundo uma delas, a falta de atenção é visível dentro das salas de aula. “Não há uma iluminação adequada e quando chove, a água é tirada com um balde”, afirma.

Conforme o que foi apurado, o problema se agrava no horário da merenda, pois não há água para fazer as refeições dos estudantes.

A diretora da unidade, Ana Carla, se manifestou por telefone e disse que estava no momento na Secretaria Municipal de Educação (Semed) para solucionar o problema da falta d’ água. Segundo a diretora, um sistema de bombeamento de água existe na escola, entretanto, a ausência de água é um problema do bairro.

Veja o vídeo gravado dentro da escola, mostrando o estado de abandono:

Por meio de uma carta denuncia, os pais dos alunos da U.E.B Jackson Lago apontam os problemas da unidade escolar.

Veja a carta na íntegra:

Nós, mães, pais e responsáveis dos estudantes da escolar da Unidade de Educação Básica Jackson Lago, localizada na Avenida Contorno Leste, nº 400, Unidade 101, Bairro Cidade Operária, vimos por meio desta carta denunciar os gravíssimos problemas enfrentados pela comunidade escolar da referida escola, com destaque para os estudantes, crianças entre 6 e 14 anos que sofrem diariamente com a precariedade na estrutura da Escola e no seu entorno.

A Unidade de Educação Básica Jackson Lago apresenta graves problemas na sua infraestrutura, que põe em risco a integridade física de estudantes e profissionais que atuam na escola. A unidade escolar necessita urgentemente de retelhamento na cobertura do prédio, recuperação da estrutura elétrica, as salas não possuem ventiladores e os poucos que tem estão quebrados ou sem condições de uso, fazendo com que as crianças assistam aula em salas muito abafadas, quentes e com pouca ventilação, existem salas que contém apenas uma lâmpada, a escola reduziu o lanche não oferecendo uma alimentação saudável com frutas e verduras oriundas da Agricultura Familiar, nos últimos meses apenas mingau vem sendo oferecido.

No que tange aos profissionais que trabalham escola, os porteiros estão com salários atrasados e existe carência de professores nas salas 1º A, 2º A, 4º B e 5º B, fato que prejudica extremamente andamento e aproveitamento o ano letivo. As crianças não possuem material pedagógico e a unidade básica de ensino não possui quadra poliesportiva para pratica de Educação Física.

Os vários problemas elencados nesta carta são reflexos de uma falta de política pública seria no âmbito da educação por parte do poder público municipal, a prefeitura municipal, bem como a secretaria de educação que não cumprem o seu papel na oferta de uma educação pública e de qualidade, são crianças da periferia que tem seu futuro prejudicado drasticamente pela incompetência de agentes públicos que fazem o gerenciamento das verbas que deveriam sanar todos esses problemas.

Por meio de nota, a Semed afirmou que já está fazendo os serviços de requalificações das escolas de São Luís.

Veja a nota na íntegra:

A Secretaria Municipal de Educação (Semed) informa que está executando o programa de requalificações das escolas da rede municipal, que vai beneficiar mais de 100 unidades, e que a escola citada na reportagem está inclusa no cronograma de serviços em execução. Sobre os salários, a Semed esclarece que a folha de pagamento está sendo paga em dias.

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