Após conflito

Três índios estão internados em estado grave em São Luís

Indígenas gamela foram atacados por fazendeiros em um povoado de Viana.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h24
Pelo menos 13 índios foram feridos.
Pelo menos 13 índios foram feridos. (Foto: Neto Cordeiro/Imirante.com)

SÃO LUÍS – Três índios continuam internados no Hospital de Câncer do Maranhão Dr. Tarquínio Lopes Filho, em São Luís, nesta terça-feira (2), após o conflito no Povoado Bahias, em Viana, registrado no domingo (30). O confronto entre fazendeiros e indígenas gamela está sendo investigado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-MA).

Um indígena teve traumatismo craniano, outro está com uma fratura exposta na região das mãos e o terceiro está com uma bala alojada no corpo, fratura na costela e ferimentos graves.

De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), pelo menos 13 índios foram feridos. O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF-MA) pediu à Polícia Federal (PF) que dê segurança aos indígenas atacados por fazendeiros.

Leia a nota divulgada, ontem, pelo governo do Estado:

Sobre a lamentável violência ocorrida no povoado Bahias, município de Viana, o Governo do Maranhão informa que:

A Polícia Militar do Maranhão atuou imediatamente no último domingo (30) apos ter conhecimento do conflito entre moradores da região e um grupo que reivindica reconhecimento como povo Gamela, evitando assim uma tragédia maior. A PM permanece no local com reforço do efetivo;

Durante o confronto, sete pessoas ficaram feridas, sendo cinco gamelas e dois não-gamelas. Um dos gamelas teve fratura exposta nas mãos, foi operado e continua internado. Dos sete feridos, três permanecem internados;

Equipes da Polícia Civil foram imediatamente encaminhadas ao local e a Secretaria de Estado de Segurança Pública já instaurou inquérito para investigar as condições em que o conflito ocorreu. Equipe da Secretaria de Direitos Humanos e Participação Popular também está sendo deslocada para a área em conflito;

O Governo do Estado encaminhou ofício ao Ministério da Justiça, pois compete ao Governo Federal definir se as terras em questão são indígenas ou não.

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