Após assembleias

Por unanimidade, Rodoviários aprovam estado de greve

Por enquanto, não haverá paralisação do sistema em São Luís.

Imirante.com, com informações do Sindicato

Atualizada em 27/03/2022 às 11h26
(De Jesus/O Estado)

SÃO LUÍS - As duas Assembleias desta quinta-feira (12), na sede do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão, foram marcadas por ânimos exaltados, discussões calorosas e muitas reivindicações por parte da categoria. As Assembleias foram conduzidas pelo presidente do sinidcato, Isaías Castelo Branco e demais diretores da entidade.

Durante as Assembleias foi aprovado, por unanimidade, o estado de greve. É importante ressaltar, que isso significa dizer, que os trabalhadores ainda não vão parar. Por enquanto, não haverá paralisação do sistema em São Luís. Com o estado de greve, o Sindicato dos Rodoviários está concedendo um prazo aos empresários, até a metade da próxima semana, para que as negociações entre as partes, possam acontecer. Se nenhum acordo for firmado durante esse período, aí sim, será deflagrado o movimento na capital.

As duas ocasiões os Rodoviários, entre eles, motoristas, cobradores e fiscais, demonstraram indignação, diante dos vários direitos, até hoje desrespeitados pelos empresários. Quanto às questões salariais, existem empresas ou consórcios, que atuam no transporte público de São Luís, que até não efetuou o pagamento do 13º salário dos funcionários. Em relação às condições de trabalho, os pontos finais também entraram nas discussões. Quase todos na capital, estão em situação precária, sem o mínimo de infraestrutura, como por exemplo, a ausência de banheiros para atender as necessidades de trabalhadores e usuários do sistema.

Outros pontos, também foram incluídos na pauta: Com a licitação, muitas empresas, que antes prestavam serviço, deixaram de atuar no transporte público, com isso, muitos trabalhadores foram dispensados, mas alguns empresários não cumpriram com a obrigação de pagar as verbas rescisórias. A demissão dos Rodoviários foi outra questão discutida. Pelo acordo feito entre Ministério Público, Prefeitura de São Luís, Sindicato dos Rodoviários e Sindicato Patronal (SET), os funcionários deveriam ser remanejados para outras empresas ou consórcios, medida que não está sendo tomada pelos empresários.

Itens que integram a Convenção Coletiva de Trabalho e que ainda não foram implementados, foram questionados nos encontros, como atraso de salário e o não repasse do tíquete-alimentação, pagamento dos trabalhadores por meio de contas em bancos, além do descanso estabelecido nesta Convenção, que o Rodoviário tem direito entre uma viagem e outra.

“Há algum tempo, estamos discutindo todos esses itens de maneira pacifica com a classe patronal, mas nenhum avanço ocorreu. Cansamos de esperar por uma definição. A paciência da diretoria desta entidade, assim como a dos trabalhadores, se esgotou. Se é preciso tomar medidas extremas, para ver nossos direitos serem respeitados, então é por esse caminho que seguiremos. Entramos agora em estado de greve. Nesse período aguardaremos o chamamento dos empresários, visando um acordo. Caso isso não aconteça, não vemos outra saída, iremos deflagrar o movimento, reter os ônibus nas garagens e paralisar o transporte público de São Luís”, avalia Isaías Castelo Branco.

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