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PF deflagra operação contra crimes previdenciários em São Luís

A Polícia Federal cumpriu 12 mandados, sendo um de prisão preventiva.

Imirante.com, com informações da PF-MA

Atualizada em 27/03/2022 às 11h32
No esquema, havia a participação de três servidores do INSS e de intermediários.
No esquema, havia a participação de três servidores do INSS e de intermediários. (Divulgação)

SÃO LUÍS - Foi deflagrada nesta terça-feria (24), na capital maranhense, a Operação "Casa Cheia", que tem como finalidade reprimir crimes previdenciários. A operação foi realizada pela Força-tarefa Previdenciária, integrada pelo Departamento de Polícia Federal, Ministério do Trabalho e Previdência Social e Ministério Público Federal.

As investigações, iniciadas no ano de 2015, levaram à identificação de um esquema criminoso com atuação desde 2011, responsável pela concessão de benefícios de amparo social ao idoso fraudulentos. Os titulares eram pessoas fictícias, criadas virtualmente por meio da falsificação de documentos públicos. No esquema, havia a participação de três servidores do INSS e de intermediários.

A Polícia Federal cumpriu 12 mandados judiciais, sendo um de prisão preventiva, quatro de condução coercitiva e sete de busca e apreensão. Dentre os mandados consta, ainda, a previsão de arresto de bens imóveis e de veículos no nome dos investigados, além da determinação para que o INSS bloqueie o pagamento de 43 benefícios de amparo social ao idoso e realize auditoria em outros 27 benefícios dessa mesma espécie.

Com relação aos servidores da autarquia previdenciária, há a proibição de frequentar o local de trabalho, e a determinação para o afastamento das funções públicas pelo prazo de 90 dias.

O prejuízo inicialmente identificado se aproxima de R$ 1,65 milhão. O valor do prejuízo evitado com a consequente suspensão desses benefícios, levando-se em consideração a expectativa de sobrevida média da população brasileira, é de aproximadamente R$ 1 milhão.

A operação contou com a participação de policiais federais e de servidores da área de inteligência do Ministério do Trabalho e Previdência Social- a Assessoria de Pesquisa Estratégica e Gerenciamento de Riscos (APEGR). A investigação também teve o auxílio do Instituto de Identificação do Estado do Maranhão.

A Operação foi denominada "Casa Cheia" por que os titulares de 42 benefícios identificados supostamente residirem em apenas duas residências, levando-se em conta o endereço cadastrado nos benefícios.

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