SÃO LUÍS - As doenças ocupacionais são as desenvolvidas no exercício da atividade laboral ou em decorrência de condições adversas do ambiente de trabalho. Todas as empresas possuem riscos ocupacionais e cada uma deve tomar os cuidados necessários para neutralizar ou minimizar os gerados por sua atividade, mas não apenas as empresas devem estar conscientes desses riscos, seus trabalhadores, precisam principalmente ter conhecimento das ações preventivas adotadas e a importância das mesmas para assim ser um parceiro da empresa na formação de um ambiente laboral livre de acidentes.
Uma forma de passar essas informações é por meio de palestras e treinamentos. No Sesi-Saúde, por exemplo, existe o Programa de Sensibilização e Treinamento (PST), que aborda os temas como proteção contra quedas, proteção em escavações e proteção em instalações elétricas.
Essa ação é voltada para indústrias da construção civil, visando instruir sobre os cuidados e precauções na realização das atividades que envolvam os riscos de maior índice de acidentes fatais ou com perdas significativas nas obras. O PST pode ser aplicado isoladamente, ou em conjunto com as demais ações do Programa Nacional de Saúde e Segurança no Trabalho (SST), que também compreende a realização de programas legais para o segmento, tais como: Programa de Controle Médico em Saúde Ocupacional (PCMSO) e o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho (PCMAT).
Sabe-se que antes de tudo, evitar acidentes de trabalho é uma questão de humanizar a relação entre empregados e empregadores. Mas há outros fatores envolvidos, como a dedicação ao trabalhador e o aspecto econômico. De acordo com a engenheira de segurança do trabalho, Márcia Ramazzini, as estatísticas mostram que a cada R$1 investido em segurança, o retorno é de R$4 para empresa. Então além de prevenir ser essencial, não é um gasto, mas sim um investimento.
Investir na prevenção de acidentes evita gastos depois com correções e recuperações, além de demonstrar comprometimento e preocupação da empresa para com seus funcionários, o que gera motivação e fidelidade da equipe, com retorno certo em produtividade, redução dos gastos, valorização da marca e credibilidade da empresa. Além disso, os acidentes de trabalho criam custos também para o Estado. Compete ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, administrar a prestação de benefícios, tais como auxílio-doença acidentário, auxílio-acidente, habilitação e reabilitação profissional e pessoal, aposentadoria por invalidez e pensão por morte, que de acordo com o anuário 2015 publicado pelo INSS recentemente são gastos mais de R$ 10 bilhões com pagamentos de benefícios e indenizações por acidentes e doenças do trabalho.
Com a implantação de políticas de prevenção de acidentes, as empresas obtêm resultados bastante positivos, tanto no aspecto econômico quanto no estímulo aos trabalhadores. Trabalhar a conscientização sobre os riscos existentes e seus efeitos faz com que os colaboradores preocupem-se mais com a prevenção de si mesmos e de seus colegas de trabalho, e isso continua sendo a melhor forma de evitar danos. Cabe ao trabalhador respeitar e fazer cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.
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