Queimadas

“Nós não deixamos de atender nenhum tipo de ocorrência, seja ela qual for”, diz tenente-coronel dos Bombeiros

Tenente-coronel dos Bombeiros analisou a situação da corporação.

Daniel Moraes / Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h38
 Paulo Andrade, comandante operacional metropolitano do Corpo de Bombeiros. Foto: Daniel Moraes / Imirante.com
Paulo Andrade, comandante operacional metropolitano do Corpo de Bombeiros. Foto: Daniel Moraes / Imirante.com

SÃO LUÍS – Quinze. Essa é a média de incêndios em terrenos baldios registrados diariamente na Região Metropolitana de São Luís, segundo dados do Corpo de Bombeiros. O número total de ocorrências, que vão de resgate de animais até partos de emergência, é ainda maior. De acordo com o tenente-coronel Paulo Andrade, comandante operacional metropolitano, apesar das dificuldades, o Corpo de Bombeiros do Maranhão consegue atender a todas essas demandas. Ele admite, contudo, que o efetivo da corporação ainda não é o ideal.

“São Luís é uma cidade de grande porte, logo, tem problemas de uma cidade de grande porte. É claro que é difícil dizer que não precisaríamos de mais material humano. Mas eu posso afirmar, com convicção, que hoje nós não deixamos de atender nenhum tipo de ocorrência, não importa qual seja a complexidade dela. A gente discute de igual para igual com qualquer Corpo de Bombeiros do país”, destaca o comandante.

Número maior de ocorrências

O número de ocorrências que o Corpo de Bombeiros precisa atender aumentou consideravelmente nos últimos anos. “Há cinco anos, nós atendíamos, em média, a duas ocorrências de incêndios por semana em residências e/ou estabelecimentos comerciais. Hoje, são cinco por dia, só na Região Metropolitana”, relata. “Antes, eram cinco ocorrências pré-hospitalares por dia; hoje temos uma média de 15”, completa.

 Maranhão lidera o ranking de queimadas do país. Foto: Reprodução
Maranhão lidera o ranking de queimadas do país. Foto: Reprodução

Só este ano, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram registrados 20.842 casos de incêndios no Maranhão. No mês de outubro, o Estado liderou o ranking de queimadas, com mais de cinco mil focos de incêndio.

Trotes ainda atrapalham

Ainda de acordo com o comandante, cerca de 40% das chamadas recebidas diariamente pelos Bombeiros são trotes. “O trote ainda é um problema. Cada vez que alguém passa um trote, essa pessoa faz com que a gente desloque uma equipe inteira que poderia estar agindo numa situação real”, pontua.

Fazem de tudo

E, afinal, quais são as atribuições dos Bombeiros? De acordo com o comandante Paulo Andrade, difícil é dizer o que os Bombeiros não fazem. “Bombeiros fazem tudo, absolutamente tudo. A gente apaga incêndio, faz salvamento, orienta, resgata, dá palestra, faz parto, desengasga, tira de elevador emperrado, entra num bueiro pra salvar cachorro, retira ninho de passarinho em condições ruins. Se você parar e pensar em qualquer coisa, você pode ter certeza que a gente faz”, frisa.

Tempo-resposta

Assim que alguém liga para a emergência dos Bombeiros (discando 193), uma equipe tem que aprontar tudo e estar fora da base em até um minuto. “Um minuto após recebermos a chamada, temos que estar fora da base. O tempo-reposta, que é o tempo que a gente leva até chegar às ocorrências, é, em média, de 15 minutos. É claro que tudo depende de uma série de fatores, como trânsito, distância etc.”, explica.

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