SÃO LUÍS – Moradores da travessa Roseana Sarney, no bairro do São Francisco, em São Luís reclamam de uma obra de esgotamento da Companhia de Saneamento Ambiental, executada pela Artec,que está prejudicando a estrutura das residências. Segundo os residentes, tudo começou quando uma máquina começou a escavar a rua para instalação de tubulação de esgoto. O tremor,causado pelo maquinário,provocou rachaduras nas residências.

“A casa tremeu, e a pia do banheiro do quarto da minha filha caiu. O braço da minha filha ainda ficou roxo. A televisão não foi perdida porque eu corri e joguei para cima da cama. A casa tremeu todinha, e eu comecei a gritar e sai porque as coisas estavam caindo. Entendeu?”, contou a comerciante Domingas Mendes, de 53 anos.

Ao receber a reclamação, a empresa responsável pela obra mandou colocar gesso nas rachaduras, o que provocou a indignação dos moradores. “Quando a máquina estava aqui,a casa desceu mais um pouco e rachou. Aí, eles vieram colocaram gesso. O portal cedeu, e há várias rachaduras pela casa”, disse a revendedora Neide Mendonça Santos, de 51 anos.

“O dono da empresa chegou aqui, analisou e mandou um funcionário passar gesso. Aí eu falei que a laje tinha rachaduras ele disse que era normal”, relatou a comerciante Lucélia, de 39 anos.

O presidente do Conselho Social dos Direitos das Comunidades de São Luís, Wilson Viana, disse que os problemas, causados pela obra,são e muitos e relatou que, após receber as reclamações dos moradores, procurou a Caema para que a instituição pudesse prestar esclarecimento. “Nós estamos recebendo muitas reclamações da comunidade e, por isso, estamos procurando os responsáveis para assumir os seus atos com a comunidade. Eles estão quebrando tudo e colocando somente uma camada fina de asfalto. Porque não mete uma camada logo completa. Como eles estão tirando o asfalto todo, tem de asfaltar tudo novamente. Outro problema é que estão tirando uma piçarra boa e colocando uma areia vermelha em cima dos canos. Eles enchem a vala com esta areia e não passam breu. Aí, nós vamos aceitar uma coisa dessas, nem em sonhos”, disse.

Até a publicação desta matéria, a Caema e Artec não se manifestaram sobre o assunto.

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