SÃO LUÍS – A ex-prefeita de Bom Jardim, Lidiane Leite, afirmou, em depoimento à Polícia Federal (PF), que estava escondida em uma aldeia indígena do município que governava. Lidiane, que é suspeita de envolvimento em um esquema que desviou mais de R$ 15 milhões da merenda escolar, ficou 39 dias foragida, após ter o mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça.
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O advogado de Lidiane Leite, Sérgio Muniz, chegou a afirmar que Lidiane nunca deixou a cidade de Bom Jardim, e que continuava gerindo o município. “Lidiane estava em Bom Jardim, nunca saiu de lá. Na quinta-feira, antes de o juiz dar a decisão mandando empossar a Malrinete, ela (Lidiane) mandou efetuar o pagamento dos fornecedores, do pessoal da limpeza etc. Na sexta-feira, o juiz deu uma decisão dizendo que ela não se encontrava no município. Ora, como é que ela não estava no município se praticou os atos de gestão? Ela tem que ficar trancafiada dentro de uma prefeitura para estar exercendo o mandato dela?”, questionou.
Em entrevista ao "G1 MA", o delegado Ronildo Lajes defendeu que a declaração do advogado de Lidiane Leite é uma “manobra” de defesa. “Isso de ela estar lá na cidade não existe. Isso foi manobra do advogado para querer dizer que ela não estava em fuga”, opinou.
“Foram feitas diversas diligências lá no município. Ele chegou a dizer que ela não estava lá e que ela estava governando lá. Isso não existe. Ela sabia que era procurada. Todo mundo estava atrás, fazendo diligências. Não existe a possibilidade de ela estar lá. Ele, simplesmente, quis negar que ela estivesse foragida”, completou
A polícia acredita que Lidiane tenha se escondido em uma fazenda ou propriedade rural em outra cidade. De acordo com os investigadores, a “manobra” da defesa seria para encobrir a participação de amigos ou parentes no sumiço da prefeita. “Ela disse que estava numa aldeia indígena de Bom Jardim, mas essa possibilidade a gente acredita que é remota e a gente acredita que ela possa estar tentando esconder uma pessoa que pudesse estar ajudando”, declarou o delegado Lajes.
Buscas complementares serão feitas para localizar os possíveis cúmplices de Lidiane. “Fato é que havia, sim, uma pessoa orientando. Isso a gente tem certeza. A gente vai tentar, agora, ver se identifica”, finalizou.
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