Greve dos Correios

"Algumas cargas não saíram dos seus Estados", diz diretor-geral dos Correios

No Maranhão, adesão à paralisação está em torno de 8%.

Imirante.com*

Atualizada em 27/03/2022 às 11h39
(Fernando Frazão / Agência Brasil)

SÃO LUÍS – A greve dos trabalhadores dos Correios continua com baixa adesão no Estado Maranhão, de acordo com informações da assessoria de comunicação e do diretor-geral José Brandão. A adesão está em torno de 8%.

Em entrevista à rádio Mirante AM, Brandão explicou que o centro de encomendas do Estado não parou. “Estamos com alguns atrasos porque algumas cargas não saíram dos seus Estados para vir pro Maranhão”, afirmou. “A entrega de cargas e encomendas está normal”, informou sobre o cenário no Maranhão.

A greve começou no último dia 15 em alguns Estados, e dias depois foi se espalhando. De acordo com os números apresentados pela assessoria dos Correios, o total de funcionários no Maranhão é de 1.942. Destes, cerca de 150 aderiram à paralisação nacional.

Com relação ao quadro de carteiros de São Luís, são mais de 350, e, apenas, 85 cruzaram os braços. Entre as cidades maranhenses com maiores adesões, está Codó, onde, apenas, um carteiro está trabalhando; Santa Inês, que possui 12 carteiros, mas seis aderiram ao movimento; e Caxias, que conta com 25, mas 15 estão em greve. Estão sendo enviados, pela empresa, reforços para tentar amenizar o problema no quadro de funcionários.

Segundo os Correios, em busca de acordo, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) ofereceu aos trabalhadores reajuste linear de R$ 200 em forma de gratificação (R$ 150 em agosto de 2015 e R$ 50 em janeiro de 2016), o que representa cerca de 15% de aumento sobre o salário base inicial dos carteiros, atendentes e operadores de triagem e transbordo. Atualmente, a remuneração (salário mais adicionais) de um carteiro com dois anos de empresa é R$ 1.676.34. Pela proposta do TST, em agosto de 2016, a remuneração iria para R$ 1.940,34. A proposta inclui ainda manutenção do plano de saúde da forma atual e reajuste de 9,56% em benefícios como vales-cesta, alimentação e refeição, auxílio para dependentes especiais e auxílio creche/babá a partir de agosto deste ano.

A proposta foi aceita por 17 doas 36 sindicatos existentes em todo o país. Os funcionários que são contra esta proposta pedem 12% de reajuste salarial, mais R$ 200 de reajuste linear, a não alteração do plano de saúde, realização de concurso para a contratação de 17 mil novos funcionários, melhoria da segurança nas agências.

Está prevista para esta sexta-feira (25) uma audiência de conciliação em Brasília.

*Com informações da Mirante AM e Agência Brasil

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.