SÃO LUÍS – A situação de total abandono em que se encontra o antigo Prédio da Vigilância Sanitária de São Luís, na avenida dos Franceses, no bairro da Alemanha, revolta os moradores da região. “Foi usado pela Prefeitura de São Luís e está desativado há muito tempo. Tem muito material dentro dele”, relata o líder comunitário Dênis Nascimento, de 35 anos.
No prédio, com as instalações comprometidas, se acumulam seringas; cópias de documentos, como carteira de trabalho e certidão de nascimento; e até cartões do Sistema Único de Saúde (SUS), nunca entregues.
A recepcionista Rosiane Martins, de 28 anos, moradora do bairro São Francisco, solicitou o cartão do SUS há cinco anos, mas até hoje, nunca o recebeu. “Procurei saber o porquê, e disseram que eu tinha que esperar chegar”, conta.
Na manhã desta sexta-feira (5), a reportagem do Imirante.com esteve no local e encontrou alguns trabalhadores recolhendo parte dos arquivos. O material que se degrada no prédio, somado ao matagal e a água que jorra no chão, oferecem riscos à saúde e segurança, principalmente, de que passa boa parte de seu tempo ali perto. Uma escola da rede pública estadual, por exemplo, funciona ao lado.
“É um perigo. Os ladrões assaltam os ônibus e entram para esse espaço abandonado. Às vezes, perseguidos pela polícia. E pode haver tiros e atingir um aluno que está sentado assistindo uma aula”, ressalta Dênis.
No lugar do prédio em ruínas, o estudante Edilson Carlos sugere que no espaço fosse construído um posto de saúde, o que desafogaria outras unidades. “Queremos um posto de saúde. Um prédio desse abandonado poderia ser aproveitado por nossa comunidade e outras vizinhas”, propõe o estudante.
Já Dênis acrescenta que os moradores da localidade precisam se deslocar para outros bairros quando precisam se dirigir a um posto de saúde. “Nossa comunidade é carente de saúde. Temos de ir para longe para ter um atendimento, sendo que tem um prédio desse enorme aqui”, reclama.
Em setembro do ano passado, o Imirante.com mostrou a situação do prédio, que já estava sendo desativado. Na época, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) informou que “estavam sendo elaborados projetos para reaproveitamento do lugar”. A secretaria foi procurada, também, desta vez, e a reportagem aguarda respostas.
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