Transtorno

Falta de acessibilidade no Centro de São Luís

A capital maranhense tem hoje 256.321 habitantes com algum tipo de deficiência, seja ela física, visual ou auditiva.

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 11h47
(Foto: Biaman Prado / O Estado)

SÃO LUÍS - "Se as pessoas que enxergam já correm riscos, imagina agora as que não têm a visão". O comentário de Ribamar Correa, de 43 anos, deficiente visual desde 1 ano de idade, diz respeito à dificuldade de locomoção que enfrenta no centro comercial de São Luís por causa da falta de acessibilidade na região. Ele, assim como tanto outros deficientes que vivem na cidade e passam por problemas semelhantes, tem de superar diariamente obstáculos e transpor suas limitações para se inserir em uma sociedade que ainda não está adaptada o suficiente para acolher adequadamente esse público.

A capital maranhense tem hoje 256.321 habitantes com algum tipo de deficiência, seja ela física, visual ou auditiva, conforme o ultimo censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010. Em todo o Maranhão, a quantidade de pessoas com deficiência totaliza 1.641.404. Porém, uma parcela significativa dessa população não consegue usufruir na totalidade de seus direitos como cidadãos, por causa das dificuldades que enfrentam no dia a dia, o que limita suas possibilidades.

Dificuldades - A falta de acessibilidade é hoje a principal barreira enfrentada diariamente por deficientes físicos na cidade, principalmente aqueles que têm dificuldade de locomoção. Seja em órgãos públicos ou privados, a falta de rampas, elevadores e outras adaptações que facilitem a entrada e saída de deficientes, muitas vezes os impede de entrar e permanecer nesses locais.

No Centro de São Luís, os transtornos pelos quais passam as pessoas com deficiência são maiores nessa época do ano por causa do aumento do fluxo de consumidores na região motivados pelas compras de fim de ano.

Ribamar Correa é morador do bairro Bom Jesus e a sua deficiência visual o impede de realizar uma série de atividades. Além disso, as dificuldades que ele encontra no centro comercial de São Luís, como na Rua Grande, por onde frequentemente passa, fazem com que a sua locomoção se torne ainda mais complicada.

Ele tem como companheira diária a sua bengala, que o ajuda a superar alguns obstáculos. Porém, ela não é suficiente para que transponha todas as dificuldades que encontra em seu caminho, fazendo com que os acidentes sejam inevitáveis. "As calçadas estão cheias de buracos, o que não ajuda em nada. Quando chove, a situação fica ainda mais complicada. Mas nós vamos nos virando como podemos, porque é assim que é a vida e devemos aceitá-la desse jeito", relatou. Ele disse também que por diversas vezes já tropeçou em obstáculos.

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