Caso Brunno Matos

Vigia muda depoimento e nega autoria do crime

João José confirmou que esteve presente no momento da confusão, mas disse que não é o autor dos crimes.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h49
(Foto: Biné Morais/O Estado)

SÃO LUÍS – Nesta quarta-feira (22), o superintendente de Investigações Criminais, delegado Augusto Barros, falou, em entrevista à Rádio Mirante AM, sobre o depoimento que o vigia João José Nascimento Gomes deu na Delegacia de Homicídio, após ter sua prisão preventiva decretada.

O vigia havia confessado, no dia 15 de outubro, que era o autor da morte do advogado Brunno Eduardo Matos Soares e da tentativa de homicídio contra Alexandre Matos Soares e Kelvin Kim Shiyangue no dia 6 de outubro, após a festa de comemoração pela eleição do senador Roberto Rocha, no bairro do Olho d'-Água.

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Segundo o delegado Augusto Barros, a polícia não pode dar muitas informações no momento, para não atrapalhar o andamento das investigações, que já tem muita polêmica e não tem data fixada para terminar.

Augusto Barros informou que o vigia foi ouvido nessa terça-feira (21) e confirmou que esteve presente no momento da confusão, mas não é o autor dos crimes, como, anteriormente, havia confessado.

O delegado disse que a mudança do teor do depoimento do vigia pode ter sido causado pela mudança sucessiva de advogados.

“Ele é uma pessoa humilde e de entendimento raso, que tem sido aconselhado por várias pessoas em momentos distintos. Esse tipo de aconselhamento causa confusão na cabeça do vigilante”, explicou Augusto Barros.

O delegado afirmou, ainda, que João José está preso, pois a Polícia Civil não tem dúvidas da participação dele em vários momentos do acontecimento.

“A faca do crime pertence ao vigilante. Nós temos certeza da participação dele no evento. O que nos falta, e que não podemos especular nesse momento, é o conjunto de ação que se desenvolveu em um período de tempo que, ainda, é obscuro. É exatamente isso que a gente quer rever com as acareações, reinquirições e com a chegada das provas periciais”, informou o delegado.

Sobre a suposta participação do Diego Polary, o delegado disse que há outros elementos que colocariam o nome dele na situação, no entanto, ainda há muitos fatos a serem analisados que podem ou não confirmar a participação dele.

Por fim, o delegado disse que a polícia pretende produzir novas provas e que o objetivo é poder dar uma investigação completa de ponto a ponto.

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