Greve

Professores realizam marcha em ruas do Centro de São Luís

Em greve, educadores aguardam resposta para suas reivindicações.

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 11h51
Categoria acusa prefeito de não abrir um canal de negociação.
Categoria acusa prefeito de não abrir um canal de negociação. (Foto: Flora Dolores/O Estado)

SÃO LUÍS - Os professores da rede municipal de ensino de São Luís, em greve, realizaram, na tarde de ontem (25), uma marcha pelas ruas da capital. A manifestação, que se concentrou desde as 15h, em frente à Biblioteca Pública Benedito Leite, na região central da cidade, saiu por volta das 17h em direção ao prédio da Prefeitura, onde já estavam dezenas de profissionais da educação. A categoria voltou a reagir contra a gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC), acusando-o de não abrir um canal de negociação com o movimento paredista. Até mesmo o pai de uma aluna, José de Ribamar Carvalho, 73 anos, e a filha, Viviane Bezerra, 6, que estava fardada, participaram do ato.

Segundo a presidente do Sindicato dos Profissionais do Ensino Público de São Luís (SindEducação), Elisabeth Castelo Branco, os professores não desistirão da luta enquanto o prefeito não der uma resposta positiva às suas reivindicações. Ela destacou que os educadores mostraram que não são intransigentes, no momento em que decidiram em assembleia optar pela redução de 20% para 11,32% no percentual de reajuste da categoria. "No entanto, o prefeito ainda não deu uma resposta positiva para os grevistas", declarou.

A presidente do SindEducação disse que, com a continuidade do impasse, os professores resolveram promover uma marcha pelas ruas de São Luís para chamar a atenção da população e buscar mais uma vez sensibilizar o prefeito para rever a questão. "Tivemos o apoio de várias categorias e isso mostra que continuamos resistentes até que a Prefeitura dê uma solução para resolver esse impasse. Na quarta-feira, dia 20, sentamos com o governo municipal e naquele momento a administração não tinha nenhuma resposta. Chegamos até a recuar em alguns pontos, fazendo uma contraproposta, reduzindo o repasse solicitado. Além disso, solicitamos o parcelamento dos direitos estatutários. Então, demos um passo atrás para que a Prefeitura depois não dissesse, como tem dito, que a categoria é intransigente", ressaltou.

Durante a marcha pelas ruas da capital, os professores em greve clamaram por mais respeito à educação. Na oportunidade, a categoria apresentou uma tabela de valores de repasses de verbas federais liberadas ao município de São Luís para mostrar dados reais. Um exemplo é o programa Proinfância para construção de creches cuja liberação foi de R$ 400.027,03. Outro, foi o programa de construção de quadras poliesportivas, cuja gestão municipal teria recebido R$ 101.957,15.

Acampados em frente ao Palácio La Ravardière - sede do Executivo municipal - e acorrentados no interior do prédio, professores em greve aguardam uma resposta para suas reivindicações. Enquanto eles esperam um retorno do Executivo municipal, outras categorias estão se juntando à sua mobilização. Ontem, agentes comunitários de saúde da capital maranhense, também insatisfeitos com a gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC), acamparam na sede da Prefeitura, como forma de mostrar solidariedade à causa dos professores.

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