Greve de Professores

Sem negociação, professores decidem manter greve

Na segunda-feira (25), a classe realizará uma passeata pelas ruas do Centro.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h51
(Foto: Flora Dolores/O Estado)

SÃO LUÍS – A greve dos educadores da rede municipal completou, hoje (22), três meses de duração. Após inúmeras tentativas de diálogo com a Prefeitura de São Luís; passeatas de conscientização sobre a desvalorização da classe; ocupação do Palácio La Ravardière – sede do governo municipal – e, mais recentemente, uma greve de fome, os professores decidiram manter a greve até que o Município resolva posicionar-se em relação à pauta de greve.

De acordo com o SindEducação, representante da categoria, o impasse nas negociações afeta 130 mil alunos da capital. Já foram realizadas oito tentativas de diálogo com o Executivo municipal, mas não houve acordo entre os envolvidos. Após revisar a pauta de greve, a classe propõe redução do percentual de reajuste de 20% para 11,32% e aceita que as progressões horizontais; as verticais; aposentadorias; e as titulações e gratificações, de difícil acesso, sejam pagas de forma parcelada de setembro a novembro. Os professores também sugerem que o retroativo dos direitos estatutários esteja previsto somente na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2015.

Na tarde desta sexta-feira (22), a categoria se reuniu em assembleia geral para debater os próximos passos do movimento grevista. A assessoria do SindEducação informou que o secretário de Educação do Município, Geraldo Castro, responsabilizou-se em telefonar e marcar reunião como comando de greve para declarar a posição do prefeito Edivaldo Holanda Junior (PTC) a respeito das propostas da categoria. No entanto, o contato telefônico ocorreu somente após o intermédio da promotora de Justiça da Educação, Luciane Belo.

O sindicato informou, também, que, devido o descaso da Prefeitura com os professores, a classe deliberou, em assembleia, manter a greve dos educadores com a ocupação da sede da Prefeitura de São Luís. Se houver mais demora na apresentação de contrapropostas, alguns dos professores afiram que retornarão à greve de fome.

Como forma de chamar atenção da sociedade para a causa, os professores realizarão, na próxima segunda-feira (25), às 16h, uma passeata que sairá da Praça Deodoro em direção à Praça Dom Pedro, no Centro Histórico, onde fica localizado o Palácio La Ravardière.

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