Sucata

Dificuldade na fiscalização facilita venda de peças roubadas a sucatas

Apesar de os ferros-velhos trabalharem mais com veículos sucateados, veículos roubados ainda são oferecidos aos proprietários.

Adriano Martins / O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 11h52
Foto: Divulgação.
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SÃO LUÍS - Era uma noite de janeiro quando o dono de um veículo Fiesta Sedan, preto, teve seu carro roubado. Ele chegava à porta de casa quando três bandidos apontaram armas e disseram que só queriam o veículo. O automóvel foi levado, a vítima registrou o boletim de ocorrência e dias depois o carro foi encontrado no quintal de uma casa, na Vila São Luís. O local é um dos três desmanches de veículos que foram "estourados" pela polícia este ano na Ilha.

Segundo a polícia, hoje, em São Luís, o desmanche ilegal de veículos dificilmente é feito dentro de sucatas ou oficinas legalizadas, isso porque, conforme o delegado Paulo Hertel, titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV), não há vantagem para o sucateiro em comprar um carro roubado, já que a oferta de veículos alienados e sucateados é muito grande no mercado. Isso, contudo, não impede que os empresários e donos de sucatas, que compram e revendem peças usadas, sejam procurados por quem tem um veículo ilegal.

Quem trabalha na área diz que é comum chegar alguém oferecendo veículo para venda, por um valor bem abaixo do mercado. Mas nem sempre o sucateiro tem o dinheiro na hora para dar pelo veículo, e acaba deixando passar o momento. Outros, contudo, se aproveitam da situação. "Vejo muitas pessoas crescendo do dia para a noite. O cara ganha muito dinheiro, eu vejo acontecer isso, mas um dia, uma hora vem a consequência", afirmou um sucateiro, que pediu para não ser identificado.

Para o delegado Paulo Hertel, o grande problema nas sucatas é a dificuldade de fiscalização. A responsabilidade disso seria da DRFV, mas o efetivo policial é pequeno para investigar e visitar os sucatões em busca de possíveis produtos de roubo.

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