SÃO LUÍS - Passar mais de uma hora dentro de um ônibus por causa de congestionamentos tornou-se uma rotina diária para muitos usuários de transporte coletivo de São Luís. Hoje, o transporte público da capital maranhense registra uma velocidade média que varia de 5 km/h a 10 km/h, e são vários os fatores que inviabilizam a circulação mais rápida de ônibus, deixando o trânsito lento e causando transtornos para as pessoas que necessitam desse meio de transporte para chegar ao seu destino.

Essa situação é registrada principalmente nos horários de pico, no início da manhã e no fim da tarde. O trânsito registra os maiores períodos de vagarosidade nas avenidas de grande circulação de veículos, como Jerônimo de Albuquerque, Holandeses, Africanos, Franceses, Portugueses, entre outras. Para tentar fugir da lentidão do trânsito, muitas pessoas saem mais cedo de suas casas ou, então, procuram caminhos alternativos, porém, muitas vezes, essas ações não têm o resultado esperado.

Causas

Um das causas da reduzida velocidade do transporte público de São Luís é a grande quantidade de veículos que circulam pelas vias públicas da capital. São mais de 380 mil em circulação na região metropolitana, que deixam "inchadas" as ruas e avenidas da cidade.

Aliado a esse problema, está a deficiência na sinalização eletrônica, na qual conjuntos semafóricos, constantemente, apresentam defeitos e deixam o trânsito confuso, e a falta de vias alternativas que favoreçam o escoamento do tráfego e promovam a fluidez do trânsito.

Por causa da situação, os passageiros reclamam das horas perdidas dentro de ônibus. Aqueles que moram distante dos locais onde trabalham ou estudam e dependem, exclusivamente, dos coletivos para chegarem a esses pontos são os que mais sofrem com a lentidão do transporte público da cidade.

"É horrível essa situação. Eu tenho de sair muito cedo de casa para chegar no horário ao serviço. Quando isso não acontece, vou em pé dentro do ônibus e, ainda, passo mais de uma hora dentro dele", reclamou a comerciante Francisca dos Nascimento, moradora do bairro Forquilha.

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