SÃO LUÍS - “A complexidade das relações sociais, as mudanças na estrutura política do país, os desafios da tecnologia e a insegurança geral, que assola a nação, reclamam uma rápida, eficiente e libertadora prática, por parte de magistrados de todo o país. E, mais ainda, de todo Poder Judiciário, em rede institucional. Pois o juiz, sem o respaldo e a garantia da própria instituição, será uma voz solitária a clamar no deserto da violação dos direitos”. Com esta afirmação a desembargadora Nelma Sarney, presidente do Colégio de Corregedores da Justiça do Brasil, abriu os trabalhos do 65º Encoge.

O tom do discurso de abertura demonstra a conexão com a realidade que este Encontro de Corregedores pretende estabelecer. Para Nelma Sarney, os desafios do Judiciário são muitos, diante de uma complexa dinâmica social. De acordo com a corregedora esse cenário precisa ser enfrentado com base no planejamento e, acima de tudo, na vontade de transformação que une toda a magistratura nacional.

Com o tema "Corregedorias e Juízes, um novo elo na valorização da magistratura de 1º grau, o Encontro de Corregedores no Maranhão terá prosseguimento nesta quinta-feira (03) com o tema “Política de Priorização da Justiça de 1º grau”, que será ministrado pelo secretário-adjunto do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na parte da tarde, corregedores vão discutir propostas a serem encaminhadas para o CNJ, a fim de contribuir com resolução do órgão voltada para valorização da Justiça de primeira instância.

Na sexta-feira (4) os trabalhos prosseguem com a exposição de projetos sociais no Judiciário e do programa de fortalecimento das políticas sociais do Judiciário. Na tarde desta quinta e durante toda a sexta, juízes também vão participar de trabalhos de interesse da magistratura.

Presente na solenidade de abertura, a presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, desembargadora Cleonice Freire, parabenizou a desembargadora Nelma Sarney pela escolha de tema tão importante para tratar no evento. De acordo com Cleonice, é chagado o momento de discutir a melhoria da Justiça de 1º grau de forma séria e sistemática.

“Cerca de 90% da demanda processual em tramitação no Brasil, de outro lado enfrenta uma taxa de congestionamento de aproximadamente 80%”. Por isso, entendemos ser justo e necessário que mereça de nós, gestores do Poder Judiciário, maior atenção na medida de suas necessidades”, afirmou a presidente.
O Encontro é uma reunião do colégio e faz parte das atividades anuais da entidade, que tem a finalidade de buscar o aperfeiçoamento e a melhoria da prestação dos serviços judiciais e extrajudiciais dos estados e do Distrito Federal. Outro objetivo é promover a celeridade processual e a aproximação da Justiça com a população.

O encontro se constitui como uma grande oportunidade para a troca de experiências positivas entre as corregedorias do país. Esse intercâmbio permite a adoção de procedimentos uniformes que resultam na celeridade dos serviços judiciais. Em nível nacional, este será o primeiro encontro que reúne corregedorias coma finalidade de discutir a priorização de ação de base do Judiciário. O Encoge conta com o apoio do governo do Estado e do Banco do Brasil.

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