Caso Décio Sá

Marcos Bruno: "Fui torturado, afogado dentro de banheira igual nos filmes"

Acusado de pilotar a moto que deu fuga ao matador, negou participação no crime.

Diego Torres / Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h58

SÃO LUÍS – Apontado pela Polícia e Ministério Público Estadual como o condutor da moto na qual o assassino do jornalista e blogueiro Décio Sá, Marcos Bruno Silva de Oliveira, disse ter sido torturado por aproximadamente 12 horas para assumir a participação no crime. Segundo o acusado, os policiais o teriam afogado e usado sacolas para asfixiá-lo.

 Marcos Bruno disse que nada do que estava escrito no depoimento era verdade, e que só disse tudo aquilo porque havia sido torturado. Foto: Diego Torres/Imirante.
Marcos Bruno disse que nada do que estava escrito no depoimento era verdade, e que só disse tudo aquilo porque havia sido torturado. Foto: Diego Torres/Imirante.

O depoimento de Marcos Bruno começou por volta de 14h10, após o intervalo para almoço, e ao ser questionado pelos promotores sobre a forma com a qual concedeu o depoimento na sede da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), Marcos Bruno disse que nada do que estava escrito era verdade e que só disse tudo aquilo porque havia sido torturado.

“Além da tortura física tinha a psicológica porque eles diziam que sabiam onde estava minha família e que eu não era nada.” Mais adiante seus advogados perguntaram sobre as características físicas de seus torturadores e ele se limitou a dizer que eram “altos, fortes, brancos e negros”. A afirmação fez com que a plateia se manifestasse em desacordo.

A exemplo de Jhonathan, os promotores perguntaram sobre os recursos de que ele dispunha para pagar os honorários dos dois advogados e ouviram de Marcos Bruno que seu pai havia deixado algumas casas para sua mãe.

Prisão por clonagem

Contrariando os depoimentos de três testemunhas, entre as quais sua irmã adotiva, Marcos Bruno admitiu que havia sido preso em novembro de 2011 por clonagem de cartões. Ele também afirmou que sabia que Shirliano “Balão” trabalhava com corretagem de carros. A irmã de Marcos Bruno havia dito no primeiro dia de julgamento que seu irmão não era envolvido com crime de nenhuma espécie.

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