Polícia

Justiça expede mandados de prisão temporária para sócios do Subbook

Os pedidos foram feitos após conclusão do inquérito policial.

Imirante.com, com informações de Assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h58

SÃO LUÍS – Foram expedidos na tarde desta quarta-feira (30), pelo Juiz José Gonçalo de Sousa Filho, da 1ª Vara Criminal da Capital, os mandados de prisão temporária dos sócios proprietários da Empresa de relacionamento Sudbook - Serviços On line do Brasil Ltda. – EPP.

Os pedidos foram feitos após conclusão do inquérito policial que investigou o golpe aplicado em São Luís e em outros Estados. Na decisão do Poder Judiciário constam outras medidas cautelares de caráter sigiloso, frutos de investigações policiais.

Os trabalhos da Polícia Judiciária constaram que a empresa possuía pelo menos três proprietários. O principal autor do crime foi identificado como Anacleuton Holanda Dias, 28 anos, conhecido por “Feinho”, natural de Imperatriz. Os mandados de prisão também foram expedidos para mais dois integrantes da quadrilha.

O delegado Paulo Aguiar, titular da Delegacia de Defraudações, disse que o crime chega a mais de R$ 20 milhões. “Até o momento temos mais de 300 ocorrências registradas de pessoas que foram vítimas dessa quadrilha de estelionatários” disse. A empresa ludibriava as vítimas a investirem, por meio da rede social, na bolsa de valores, prometendo dobrar o valor investido depois de determinado tempo, o que não ocorreu.

Segundo o delegado, levantamento inicial, os autores conseguiram arrecadar, com investidores de São Luis e outros estados, cerca de R$ 20 milhões e fugiram da cidade. Paulo Aguiar destacou que as investigações tiveram início logo que começaram a aparecer às denúncias de que eles haviam fugido depois de darem o golpe em pessoas que haviam investido no negócio. “Eles passaram uns 8 meses promovendo palestras e encontros, de modo a ludibriarem as pessoas a entrarem no falso negócio, alegando que a Sudbook Serviços On Line eram uma organização mundial”.

Durante as negociações, eles convenciam os cidadãos de que a rede de relacionamento possuía milhares de usuários, estando à maioria situada na China, afirmando, ainda que a empresa internacional Dell era proprietária de 3% das ações da empresa. Segundo as vítimas, o lucro mensal prometido era de 40% a 80% de acordo com o valor e o tempo de investimento.

Como o golpe era aplicado:

O golpe foi detectado no dia 9 de janeiro, depois que um grupo de investidores invadiu a sede e constatou que o imóvel estava vazio. Desde então, eles não conseguiram mais contato com os responsáveis pelo negócio.

Os investigados ofereciam às pessoas físicas parte de ações de uma empresa denominada Sudbook Serviços On Line do Brasil Ltda. – EPP. A princípio, eles se apresentavam aos clientes como uma rede social semelhante ao mundialmente conhecido Facebook. Antes da legalização da empresa, ocorrida em 13 de novembro de 2013, os indiciados usavam a Empresa Ancleuton Holanda Dias – ME portadora do CNPJ 11.603.814/0001-37, domiciliada em Bréu Branco, no Pará.

As investigações detectaram que, em nome desta empresa, diversos cheques sem provisão de fundos foram entregues às vítimas, como forma de pagamento aos supostos investimentos feitos pela Sudbook.

O bando promovia palestras, as quais eles denominavam de “confraternizações”, em que convenciam suas vítimas, intituladas “investidores”, a entregar valores que variavam de R$ 3 mil a R$ 210 mil, com a promessa de que esse dinheiro seria investido na Bolsa de Valores e que gerariam lucros significativos aos aplicadores.

“É um golpe que se caracteriza como um crime contra a economia popular”, explicou Paulo Aguiar, informando que os envolvidos ainda estão foragidos e podem ter decretadas sua prisões preventivas, se não forem presos ou se apresentarem nas próximas horas.

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