Sistema Carcerário

Iniciado Mutirão Carcerário no CDP em Pedrinhas

A ação é uma das medidas do Comitê de Gestão Integrada.

Divulgação/Secom

Atualizada em 27/03/2022 às 11h58

SÃO LUÍS - Dando continuidade à segunda etapa do Mutirão Carcerário iniciado na última segunda-feira (27), a Força Nacional da Defensoria Pública, formada por 55 defensores (21 do Maranhão e 34 de outros Estados), deu início nesta terça-feira (28), aos trabalhos nas instalações do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pedrinhas. A ação é uma das medidas que estão sendo executadas pelo Comitê de Gestão Integrada, presidido pela governadora Roseana Sarney.

Na ocasião, foram iniciadas entrevistas individuais com detentos com o objetivo de identificar e esclarecer aos presos a situação jurídica em que se encontram, assim como os benefícios previstos pela Lei de Execução Penal (LEP). A expectativa é que, a partir desta terça-feira (28), sejam atendidos em média 70 detentos por dia.

Durante a visita realizada ao CDP, o defensor do Rio Grande do Sul, André Girotto, que juntamente com o defensor Paulo Rodrigues da Costa, do Maranhão, coordena a Força Nacional da Defensoria Pública, explicou que nesse primeiro momento o trabalho consiste em esclarecer aos detentos a razão de estarem presos e contribuir com o processo de pacificação no presídio.

 Os defensores André Girotto (RS) e Paulo Rodrigues da Costa (MA) comandam a força tarefa que realiza o mutirão em Pedrinhas. Foto: Divulgação.
Os defensores André Girotto (RS) e Paulo Rodrigues da Costa (MA) comandam a força tarefa que realiza o mutirão em Pedrinhas. Foto: Divulgação.

"Essa já é a segunda fase dos trabalhos, os processos foram analisados no fórum e agora os defensores já iniciam o atendimento individual do apenado repassando sua situação jurídica, isso tudo é resultado da primeira fase da análise processual", ressaltou o defensor André Girotto.

Ele destacou a dinâmica adotada para agilizar os trabalhos. "Nós implementamos uma dinâmica de trabalho para facilitar e agilizar os processos. Enquanto uma equipe fica no fórum analisando os processos, outra fica responsável por dar retorno aos presos. Essa é uma missão de auxílio, de colaboração com a Defensoria Pública do Maranhão".

O defensor Paulo Rodrigues da Costa falou sobre as medidas tomadas após o período de análise processual. "Algumas medidas dependerão de avaliação do Ministério Público e decisão dos juízes competentes. O que nós teremos em mãos, após o fim desse período de análise, será o número de pessoas atendidas e o quantitativo de benefícios requeridos".

Mutirões

O mutirão processual teve início desde o dia 15 deste mês no Fórum de São Luís, formado pelo Poder Judiciário, Defensoria Pública e Ministério Público Estadual. Os 34 defensores públicos vindos do Ceará, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, devem permanecer no Maranhão até o dia 10 de fevereiro.

O mutirão integra o conjunto de 11 medidas emergenciais anunciadas pela governadora Roseana Sarney, em parceria com o Ministério da Justiça, para combater a violência no sistema penitenciário maranhense. Entre as ações previstas no plano, também está a criação de vagas em unidades prisionais e a construção e reforma de presídios no Estado.

Medidas anunciadas pelo governo do Estado e Ministério da Justiça

1. A criação do Comitê Gestor de Ações Integradas;

2. Remoção de presos;

3. Mutirão das Defensorias Públicas;

4. Plano de ação integrada de inteligência prisional;

5. Reforço no auxílio da Força Nacional;

6. Plano de Ação Integrada de Inteligência e Segurança Nacional;

7. Implantação de núcleo de atendimento a familiares de presos (saúde e assistência psicológica);

8. Integração do Ministério Público e Poder Judiciário;

9. Implantação de plano de atendimento e capacitação para policiais que estão envolvidos diretamente em ações de segurança;

10. Penas alternativas e monitoramento eletrônico;

11. Construção de novas unidades prisionais.

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