Dica de Saúde

Obstrução das artérias renais pode levar à pressão alta de difícil controle

Divulgação

Atualizada em 27/03/2022 às 11h59

Assim como ocorre com as artérias coronárias (coração), carótidas (cérebro) e femorais (pernas), a circulação dos rins também pode ser afetada por placas de gordura, cálcio e coágulos, que obstruem a passagem de sangue por sua artéria principal. Isso pode, com o tempo, comprometer a função dos rins e levá-los à atrofia, ou seja, diminuição de tamanho e mau funcionamento.

Segundo o angiologista Ary Elwing, especialista em cirurgia vascular periférica e tratamento a laser, essa é uma das mais traiçoeiras doenças das artérias, pois normalmente não causa dor. Quando aparece, o sintoma mais comum é uma dificuldade no controle da pressão arterial que tende a ficar excessivamente alta, mesmo com uso de vários remédios em doses máximas. “À medida que a doença avança, surgem alterações nos exames de sangue que mostram mau funcionamento dos rins, culminando com a redução no tamanho destes órgãos, podendo levar a sua perda e até à necessidade de diálise em casos terminais”, explica.

O grupo de pacientes mais afetados é uma constante quando se trata de placas de ateroma (aterosclerose), mas em relação às artérias renais há uma incidência maior em diabéticos e hipertensos. Os fumantes também estão entre os mais afetados e os jovens expostos aos fatores de risco não são poupados. Principalmente quando ocorre em pacientes abaixo dos 40 anos, deve-se investigar as artérias renais, através de um exame de ultrassonografia Doppler. Caso o diagnóstico seja estabelecido, exames mais apurados são necessários para definir o tratamento.

O melhor tratamento é a prevenção através do controle dos fatores de risco e identificação precoce das primeiras alterações. Quando o nível de obstrução é severo e compromete mais de 70 a 80% do vaso é recomendável intervir. “Atualmente, as angioplastias (dilatação da artéria com minúsculos balões, cateteres e stents) através da virilha ou do braço têm bons resultados e são seguras quando feitas por profissional experiente. Hoje as cirurgias abertas através de pontes têm papel limitado”, diz Elwing.

Quando é necessária a intervenção com cateteres (angioplastia), esta é bem tolerada, mesmo em idosos, pois pode ser feita com anestesia local e sedação. O paciente permanece em observação por 24h em relação aos níveis de pressão, vigilância do local da punção (virilha ou braço) e condições da urina. “O tratamento tem por objetivo impedir a perda do rim, melhorar sua função e auxiliar no controle da pressão arterial, podendo em alguns casos haver redução da quantidade de medicamentos usados para seu controle”, explica o angiologista.

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