Dica de Saúde

Exame genético auxilia no tratamento da leucemia mieloide aguda

Divulgação

Atualizada em 27/03/2022 às 12h00

A leucemia mieloide aguda é o crescimento desordenado das células do tecido mieloide, um segmento da medula que ocupa o interior de todos os ossos humanos e é responsável pela produção dos leucócitos, ou glóbulos brancos que atuam na defesa do organismo. Essas células cancerígenas se multiplicam rapidamente e aos poucos ocupam todo o espaço no interior dos ossos. O resultado é que os leucócitos e as plaquetas, responsáveis pela coagulação do sangue, não são produzidos e o paciente apresenta tanto hemorragias quanto infecções como sinusite e pneumonia de gravidade variável. Nas situações extremas, o doente pode ir a óbito em semanas ou até dias.

A causa são alterações em alguns genes, como o FLT3-ITD, o NPM1 e o CEBPA e acometem geralmente homens e mulheres adultos, especialmente após os 60 anos. A doença é diagnosticada por meio de exame de aspirado de medula, onde é possível verificar se a pessoa está com mais de 20% de células blásticas, e pela tipagem por computador onde é possível ver se as células são de origem mieloide e não linfoide, outro tipo de tecido da medula.

"Para a escolha do tratamento, porém, é fundamental descobrir quais genes do paciente estão alterados. Pessoas que apresentam mutação no gene NPM1 e não no FLT3 e no CEBPA podem ser curadas apenas com quimioterapia. Já aquelas cuja alteração é apenas no FLT3-ITD têm o pior prognóstico e, além da quimioterapia, terão que fazer também o transplante de medula óssea doada por um parente ou de banco de medula. O mesmo vale para as que não têm alteração em nenhum dos três", destaca o onco-hematologista Celso Massumoto.

Vale destacar que o tratamento de leucemia mieloide aguda é sempre realizado por uma equipe multidisciplinar, ou seja, um médico hematologista, um fisioterapeuta, a enfermagem e uma psicóloga. Isso se deve ao fato de que o doente fica completamente isolado, já está debilitado pela doença e a quimioterapia o deixará ainda mais enfraquecido, elevando bastante seu risco de infecções. Em um momento tão complicado, precisa ser acompanhado e apoiado pelo menos por esse grupo básico de profissionais. É fundamental destacar, finalmente, que o tratamento de tais pacientes em unidades especializadas aumenta muito a possibilidade de sucesso.

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