Rebelião em Pedrinhas

Rebelião em Pedrinhas e ônibus incendiados na noite de quarta-feira

Plano de fuga descoberto teria causado revolta entre detentos. Enquanto isso, nas ruas de SL, pelo menos sete ônibus foram queimados.

Diego Torres/Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 12h02

SÃO LUÍS - A descoberta de um plano de fuga na Casa de Detenção no Complexo Penitenciário de Pedrinhas pode ter sido a causa para uma rebelião na noite desta quarta-feira (9). De acordo com a Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), pelo menos 9 detentos morreram e 30 ficaram feridos. Enquanto a rebelião era contida pelo Batalhão de Choque, quase ao mesmo tempo, vários ônibus eram incendiados em ruas e avenidas da capital.

Motivação

Autoridades policiais não confirmam, mas tanto a rebelião quanto o incêndio aos ônibus ocorreram um dia após a Polícia Militar apreender 39 pessoas e autuar durante uma festa numa casa de praia no Araçagi que celebraria o aniversário de uma traficante.

O repórter de O Estado, Thiago Bastos, conseguiu conversar com um dos detentos por telefone. De dentro do presídio e acompanhando a ação dos policiais, o homem negou que a rebelião tivesse relação com o túnel e atribuiu a ação ao fato de membros de gangues rivais, acusados de terem matado comparsas seus, estarem em pavilhões vizinhos desde o início do mês, quando uma determinação da 2ª Vara de Execução Penal obrigou a Sejap a separar os presos conforme o regime de pena.

O túnel serviria para a fuga de 60 presos e depois de descoberto, os detentos ficaram revoltados e quebraram as celas. Internos de pavilhões vizinhos, também, quebraram as grades, o que ocasionou no encontro de grupos rivais.

Retaliação

Ao mesmo tempo em que o Batalhão de Choque entrava no Complexo Penitenciário de Pedrinhas para acabar com a rebelião, grupos de marginais ateavam fogo em ônibus coletivos. As informações de motoristas, cobradores e usuários eram de que em pelo menos uma das ocorrências, três bandidos chegaram num carro prata e, depois de trancar o ônibus e mandar todos descerem, atearam fogo no veículo.

A Secretaria de Segurança Pública confirmou ocorrências de ônibus queimados na Vila Kiola, Tibiri, Jardim São Cristovão, Vila Janaína, Maracanã, Cohab, Anil e Monte Castelo. Em nenhum dos casos houve feridos.

A polícia já está analisando imagens das câmeras de segurança e espera que elas auxiliem da identificação dos autores do crime.

Internação

Pelo menos seis corpos deram entrada no Instituto Médico Legal (IML). Outros quarto corpos estariam nos hospitais Djalma Marques, o "Socorrão I" e no Clementino Moura, o "Socorrão II". Ainda, segundo informações, aproximadamente, 34 detentos teriam sido encaminhados ao Socorrão I, onde 13 permanecem internados.

 Foto: Reprodução/TV Mirante.
Foto: Reprodução/TV Mirante.
 Foto: Reprodução/TV Mirante.
Foto: Reprodução/TV Mirante.
 Foto: Reprodução/TV Mirante.
Foto: Reprodução/TV Mirante.
 Foto: Reprodução/TV Mirante.
Foto: Reprodução/TV Mirante.
 Foto: Reprodução/TV Mirante.
Foto: Reprodução/TV Mirante.
 Foto: Douglas Júnior/O Estado.
Foto: Douglas Júnior/O Estado.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.