Caso Décio Sá

“Não há provas sobre minha participação no crime”

“Fábio Capita” e “Bochecha” prestaram depoimento nesta terça-feira.

Liliane Cutrim/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h07

SÃO LUÍS - Na oitiva dos acusados de envolvimento no caso Décio Sá, foram ouvidos na tarde desta terça-feira (4), pelo juiz Márcio Castro Brandão, no Fórum Desembargador Sarney Costa, Fábio Aurélio Saraiva Silva, o “Fábio Capita”, e Fábio Aurélio do Lago e Silva, o “Bochecha”.

Depoimento de “Fábio Capita”

Em depoimento, Fábio afirmou que não tem envolvimento algum com o assassinato de Décio Sá. E que no dia da morte do jornalista ele estava em sua casa e soube do crime no dia seguinte, pela manhã, por meio de um site de notícias. No inquérito policial, Capita é acusado de ser o fornecedor da arma usada para assassinar Décio, sobre essa acuação, Capita alegou que é infundada, por vários motivos.

Sobre ser citado por Jhonatan como o fornecedor da arma, Fábio disse que não entende o porquê disso, já que ele não conhece Jhonatan, nunca tinha ouvido falar dele. Nem sabia, como policial, que ele era um matador profissional.

Ao ser questionado sobre quem teria disponibilizado a arma do crime, ele disse que não fazia ideia. E alegou serem inverídicas as especulações de que ele teria envolvimento com a prática de agiotagem na Polícia Militar.

Amizade com “Júnior Bolinha”

Fábio Aurélio afirmou no depoimento que, de fato conhecia José Raimundo Sales Chaves Júnior, o “Júnior Bolinha”, e que são amigos de infância. Fábio alegou que jamais soube de participação de “Bolinha” em práticas ilegais, e se soubesse de alguma coisa não hesitaria em puni-lo conforme a lei. “Capita” disse que costumava frequentar a casa de “Júnior Bolinha” e que foi ao seu sítio do empresário poucas vezes, mas sempre por questões de amizade.

Fábio colocou em cheque o inquérito policial ao seu respeito. Ele chegou a firmar que teria sido chamado pelo secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, para uma conversa e que o secretário teria, de forma subjetiva, o incentivado a mentir sobre o caso. “Capita” disse acreditar que, por ter decido contar apenas a verdade, tenha sido vítima de perseguição, e que estariam dando desculpas para lhe manterem detido.

“Não há prova alguma sobre minha participação nesse crime. Eu acho que só ainda não me tiraram do processo para não mostrar fragilidade nas investigações. Sempre que mais de dez pessoas são acusadas em um processo, há umas três ou quatro que não têm nada a ver com a situação”, afirma.

Fábio Capita se encontra em liberdade provisória, tanto pelo crime de Décio no Maranhão, como por suspeita de participar da morte do empresário Fábio Brasil no Piauí. Ele vai aguardar a decisão do juiz, para ver se vai ou não à julgamento.

Depoimento de “Bochecha

Fábio Aurélio do Lago e Silva, o “Bochecha”, em depoimento, negou qualquer participação no homicídio de Décio Sá e em formação de quadrilha. Ele afirmou não fazer ideia de quem teria mandado matar Décio. “Bochecha” garantiu que estava em sua residência quando Décio foi assassinado.

Ele admitiu conhecer Júnior Bolinha, há oito anos, e que matinha negócios de venda de carros com ele. Segundo “Bochecha”, Bolinha era seu amigo e disse que nunca o viu envolvido com crimes, na verdade o considerava um homem muito trabalhador.

Sobre a acusação de ter cedido uma casa para abrigar Jhonatan, Fábio garantiu que a residência pertencia à sua mãe, que seu irmão teria negociado ela com Bolinha, e que não teve nenhuma relação nessa negociação e não faz ideia de como ela foi cedida para Jhonatan, e nem quem teria feito isso. “Nunca entendi direito essa acusação sobre mim. Nunca fiz negocio com casa alguma. Não conhecia Gláucio, nem Miranda, nem Alcides e o Durans. Só fiz negócio com o Júnior, ganhei muito dinheiro com ele vendendo carros”, afirmou.

Fábio Capita se encontra em liberdade provisória, tanto pelo crime de Décio no Maranhão, como por suspeita de participar da morte do empresário Fábio Brasil no Piauí. Ele vai aguardar a decisão do juiz, para ver se vai ou não à julgamento.

Nesta quarta-feira (5), serão ouvidos os últimos acusados de participação no crime: Jhonatan de Sousa Silva, Marcos Bruno Silva de Oliveira e Elker Farias Veloso. Após o término das oitivas, o juiz terá alguns dias para decidir quem vai a julgamento.

Foto: Liliane Cutrim/Imirante

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