Internacional

Abrigado em embaixada brasileira, senador boliviano vê situação inalterada

Renata Giraldi/Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 12h08

BRASÍLIA – Às vésperas de completar um ano abrigado na Embaixada do Brasil em La Paz, o senador boliviano Roger Pinto Molina, de 53 anos, vê sua situação praticamente inalterada. Em 28 de maio de 2012, ele recorreu ao governo brasileiro para pedir asilo político. O parlamentar teve o pedido atendido pelas autoridades brasileiras, mas o governo do presidente boliviano, Evo Morales, não concedeu o salvo-conduto para que ele deixe o país.

Sem autorização para deixar a Bolívia, Pinto Molina permanece abrigado na embaixada, sem previsão de quando deixará o local. O Ministério das Relações Exteriores informou à Agência Brasil que a permanência de Pinto Molina na embaixada segue as normas internacionais que regulamentam a concessão de asilo político e do direito diplomático.

No mês passado, Pinto Molina comemorou o aniversário de 53 anos na embaixada. Por motivos de segurança, segundo as autoridades brasileiras, ele pode receber apenas os parentes mais próximos, os advogados e se necessário, profissionais da área de saúde.

O senador argumenta que sofre perseguições políticas por parte do governo Morales, por isso quer deixar o país. As autoridades bolivianas alegam que Pinto Molina responde a uma série de ações judiciais que levantam suspeitas sobre a atuação dele no campo político.

Pinto Molina aguarda uma definição, no mesmo momento em que 12 brasileiros permanecem detidos em Oruro, depois da morte de Kevin Espada, de 14, durante jogo do Corinthians com o San José. O adolescente morreu vítima de um sinalizador lançado por torcedores.

O Itamaraty diz, porém, que é necessário manter discussões distintas sobre os casos do senador e dos torcedores do Corinthians. Em abril, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, participou de uma audiência pública no Senado e os parlamentares insistiram em associar o caso do senador ao dos torcedores brasileiros. O chanceler reiterou que “não havia vantagens” em tratar dos assuntos de maneira conjunta.

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