Cidadania

Prêmio homenageará reportagens que alertem sobre discriminação

Paulo Virgilio/Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 12h09

RIO DE JANEIRO - A cobertura pela imprensa do combate à discriminação de minorias étnicas e sociais será o tema do debate que marcará em 7 de maio a abertura das inscrições para a terceira edição do Prêmio Abdias Nascimento. A discussão reunirá a partir das 9h30, na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, o cineasta Joel Zito Araújo, o professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) João Feres Júnior e a jornalista Luciana Barreto, da TV Brasil.

Criado em 2011, o Prêmio Abdias tem como objetivo de valorizar a produção jornalística que torne visível os malefícios do racismo. A iniciativa é da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do sindicato carioca (Cojira-Rio). Serão distribuídos este ano R$ 35 mil em sete categorias: mídia impressa, televisão, rádio, internet, mídia alternativa/comunitária, fotografia e categoria especial de gênero Jornalista Antonieta de Barros.

De acordo com a coordenadora da iniciativa, Sandra Martins, as inscrições poderão ser feitas, a partir da abertura, apenas pela internet, até o dia 31 de julho. “A cobertura de temas relacionados à população negra e ao racismo no Brasil continua sendo um desafio. Facilitando as adesões, nossa ideia é derrubar pelo menos uma barreira para a participação dos jornalistas”, disse.

Luciana Barreto, que atuará como mediadora do debate, foi a vencedora da edição 2012 do prêmio, na categoria televisão, com a reportagem Negro no Brasil – Brilho e Invisibilidade. A matéria, para o programaCaminhos da Reportagem, da TV Brasil, mostrou como é preciso superar as desigualdades de renda e de acesso à educação que mantêm a maior parte da população negra na pobreza e que a tornam vítima da violência e do preconceito.

Morreu aos 97 anos em 2011, o ex-senador Abdias Nascimento, que dá nome ao prêmio, foi um dos mais importantes ativistas da luta pelos direitos do negro e pelo enfrentamento do racismo no Brasil. Jornalista, escritor, ator, dramaturgo e artista plástico, Abdias criou o Teatro Experimental do Negro, na década de 1940. Exerceu intensa atividade intelectual no Brasil e no exterior, onde esteve exilado por dez anos, durante a ditadura militar.

Para ler mais notícias do Imirante, clique em imirante.com. Também siga o Imirante no Twitter e curta nossa página no Facebook.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.